19 de outubro de 2024

Argentina diz que está analisando pedido de extradição de brasileiros investigados por atos golpistas

Supremo pediu na terça-feira (15) que governo de Javier Milei extradite 63 brasileiros que estão em investigação por participação da invasão ao Congresso em 8 de janeiro de 2023. O governo da Argentina afirmou nesta quinta-feira (17) que está “analisando” o pedido de extradição de brasileiros investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.
O pedido foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinar, na terça-feira (15), a extradição de 63 brasileiros em investigação que estão foragidos em território argentino.
O porta-voz da presidência argentina, Manuel Adorni, disse que o governo de Javier Milei recebeu formalmente o pedido, que, agora, está em fase de análise. O porta-voz não deu prazo para que o governo argentino dê uma resposta oficial à solicitação de Moraes.
“O pedido chegou ontem, e as áreas correspondentes estão analisando”, disse Adorni. Sobre um prazo para que o governo decida se aceitará ou não a extradição, ele declarou que “não tenho uma resposta concreta para lhe dar, pois é muito recente.”
Na terça, o ministro Alexandre de Moraes determinou a extradição dos foragidos atentendo a um pedido da Polícia Federal. A solicitação havia sido enviada ao Ministério da Justiça para avaliação sobre se o caso cumpre acordos previstos nos tratados internacionais.
Golpistas foragidos
Alexandre de Moraes atende a pedido da PF e determina extradição de 63 brasileiros foragidos na Argentina
Reprodução/TV Globo
A PF sabe que esses brasileiros entraram sem passar pelas autoridades de fronteira na Argentina. Entraram em porta-malas de carros, ou atravessando rios, ou a pé pela fronteira.
A PF trabalha com a possibilidade de 180 envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 podem estar foragidos na Argentina, Uruguai e Paraguai.
Os investigadores não descartam a possibilidade dos foragidos de terem pedido asilo na Argentina e também de terem cruzado as fronteiras do Uruguai e do Paraguai pois, segundo eles, há facilidade em cruzar as fronteiras, principalmente a Ponte da Amizade, no Paraguai.

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