Frascos foram localizados em refrigeradores na casa dos suspeitos em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Defesa diz que não há falsificação e que produtos foram comprados com nota fiscal. Casal é preso no Paraná com quase 3 mil frascos de toxina botulínica e polícia investiga se produto é falsificado
PCPR
Um empresário e uma dentista, de 39 e 34 anos respectivamente, foram presos em flagrante suspeitos de armazenar 2.950 frascos de toxina botulínica em dois refrigeradores na área externa da própria casa. Segundo a Polícia Civil (PC-PR), o casal não tinha autorização da Vigilância Sanitária para a revenda dos medicamentos.
Além disso, outros medicamentos utilizados para tratamentos estéticos também foram encontrados. O valor total dos produtos apreendidos soma quase R$ 10 milhões, segundo a polícia. O casal foi preso em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), na quarta-feira (16).
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Ainda na residência, conforme a corporação, foram apreendidos diversos comprovantes de compra e venda de medicamentos e produtos de saúde e estéticos.
A investigação começou quando a polícia teve conhecimento de que a Vigilância Sanitária de Curitiba já havia interditado uma sala onde o casal estocava os produtos no bairro Água Verde.
Na época, os medicamentos foram apreendidos e a sala foi lacrada. Mas, segundo a polícia, o casal desobedeceu a ordem da vigilância, rompeu o lacre, entrou no local e retirou todos os medicamentos.
A corporação diz ainda que o casal vendeu uma parte do produto e levou o restante para casa.
O advogado de defesa do casal disse que não houve falsificação de medicamentos. Segundo ele, a empresa do casal não tinha uma licença da Vigilância Sanitária, o que configuraria uma irregularidade administrativa. O advogado disse ainda que todos os produtos foram comprados com nota fiscal.
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Casal é preso no Paraná com quase 3 mil frascos de toxina botulínica e polícia investiga se produto é falsificado
PCPR
A delegada Aline Manzato explicou que uma unidade de toxina botulínica é vendida por cerca de R$ 995 pelo distribuidor e que o casal conseguia comprar por R$ 329.
“É um preço muito aquém do que o mercado oferece. Então como eles compram por preço tão baixo? Isso já indica fortes indícios de falsificação do produto em si. Além, é claro, da impropriedade da venda desse produto pela questão da falta de fiscalização, existe também uma possibilidade muito grande, que a gente depende agora de perícias, pra ver se esse produto não é falsificado tanto na parte externa quanto interna, pra gente verificar o que tem dentro”, explicou.
O casal foi preso em flagrante por falsificação de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. Eles foram encaminhados para a cadeia pública e permanecem à disposição da Justiça.
Se condenados, as penas podem ser superiores a 15 anos de prisão.
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