18 de outubro de 2024

Caso Djidja: MP pede condenação da mãe e do irmão da ex-sinhazinha e de mais cinco por tráfico de drogas

O promotor também solicitou a absolvição de três réus no processo por falta de provas suficientes. A ex-sinhazinha faleceu em maio deste ano, em Manaus. Djidja, a mãe Cleusimar Cardoso e o irmão, Ademar Cardoso.
Arquivo Pessoal
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) solicitou à Justiça a condenação de Ademar e Cleusimar Cardoso, irmão e mãe da ex-sinhazinha Djidja Cardoso, respectivamente, além de outras cinco pessoas, por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Djidja foi encontrada morta no final de maio em Manaus, e a polícia investiga a possibilidade de que sua morte tenha sido causada por overdose de cetamina, conforme indicado por um laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML). O laudo oficial ainda não foi divulgado pelas autoridades.
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O g1 não conseguiu contato com a defesa da família Cardoso e dos demais envolvidos até a última atualização desta matéria.
De acordo com a investigação da polícia, a família de Djidja fundou o grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”, que promovia o uso indiscriminado de uma droga sintética, conhecida por causar alucinações e dependência. Além da mãe e do irmão de Djidja, estão presos funcionários de uma rede de salões de beleza da família, um coach, e o proprietário e o sócio de uma clínica veterinária suspeita de fornecer a substância ao grupo.
Em junho, o Ministério Público, representado pelo promotor André Virgílio Betola Seffair, denunciou o grupo por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Na denúncia, Seffair afirmou que Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja, estava no núcleo central do esquema de tráfico de entorpecentes.
Ainda segundo o MP, o ex-namorado de Djidja Cardoso, Bruno Roberto da Silva, estimulava a mãe da ex-sinhazinha a prosseguir na busca de uma falsa elevação espiritual. Para o promotor, o irmão de Djidja, Ademar Cardoso, estuprou uma de suas ex-namoradas após aplicar cetamina nela.
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Nas alegações finais apresentadas à Justiça no dia 4 de outubro, às quais o g1 teve acesso, o promotor reiterou as condutas criminosas de Cleusimar, mãe de Djidja. Ele afirmou que Cleusimar admitia induzir e incentivar o uso de cetamina, alegando sempre que a substância era um instrumento de “cura”.
“A acusada Cleusimar Cardoso Rodrigues, que é genitora de Dilamar e do acusado Ademar passou a fazer a aquisição de medicamento sob controle especial/psicotrópica (Cetamina), em quantidades relevantes, com fito de fazer a distribuição da substância em rede salões de beleza de sua propriedade (Belle Femme), oportunidade em que fornecia seringas com Cetamina para funcionários, bem como para seus próprios filhos (Dilamar e Ademar)”.
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Seffair também voltou a acusar o irmão de Djidja de ter estuprado uma das suas ex-namoradas sob o uso de cetamina. O promotor pediu que o crime seja apurado em um outro processo.
“Provou-se que o acusado Ademar, de posse de seringas contendo Cetamina, as aplicava na vítima em quantidade suficiente para deixá-la em transe aproveitando-se para praticar sexo não consentido, fato este que deve ser objeto de apuração em procedimento policial próprio, ante a ausência de elementos de prova nos presentes autos que pudessem ensejar a imputação, em concurso de crimes”.
Veja abaixo quem são os réus que o MP pediu a condenação:
Cleusimar Cardoso Rodrigues (mãe de Djidja): denunciada por tráfico de drogas e associação para o tráfico;
Ademar Farias Cardoso Neto (irmão de Djidja): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico;
José Máximo Silva de Oliveira (dono de uma clínica veterinária que fornecia a cetamina): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico;
Sávio Soares Pereira (sócio de José Máximo na clínica veterinária): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico;
Hatus Moraes Silveira (coach que se passava por personal da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas e associação pra o tráfico;
Verônica da Costa Seixas (gerente de uma rede de salões de beleza da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas;
Bruno Roberto da Silva Lima (ex-namorado de Djidja): também denunciado por tráfico de drogas.
Ainda nas alegações finais, o promotor também pediu a absolvição de três réus, alegando ausência de provas suficientes para a condenação. São eles:
Marlisson Vasconcelos Dantas (cabeleireiro em uma rede de salões de beleza da família de Djidja);
Claudiele Santos Silva (maquiadora em uma rede de salões de beleza da família de Djidja);
Emicley Araújo Freitas (funcionário da clínica veterinária de José Máximo).
Marlisson Vasconcelos Dantas era maquiador de Djidja Cardoso foi um que aparece nas lista de solicitação para absolvição.
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