20 de outubro de 2024

Dia do Médico: mensalidade do curso de medicina mais caro do país é de quase R$ 16 mil; veja ranking

Levantamento do g1 mostra também quantos candidatos concorrem por cada vaga nos principais vestibulares de universidades públicas, como Fuvest e Unicamp. No Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2024, foram 298.316 inscritos e 7 mil aprovados (2,3%). Dia do Médico: veja mensalidades de faculdades de medicina particulares
Sasint para Pixabay
Se um candidato optar por cursar medicina em 2025, em uma instituição de ensino privada, chegará a gastar até cerca de R$ 16 mil de mensalidade (11 salários mínimos). Esse é o valor aproximado cobrado pela Universidade do Grande Rio (Unigranrio), na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, segundo o levantamento do g1.
🩺Neste Dia do Médico (18), confira um ranking das graduações mais caras do país — veja, abaixo, as que ficaram acima do patamar de R$ 12 mil. Em seguida, descubra qual é a concorrência nos vestibulares das principais universidades públicas (spoiler: uma delas registrou uma taxa de 295,2 candidatos disputando cada vaga).
Mensalidades para 2025
Universidade do Grande Rio (Unigranrio) – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ) – R$ 15.777,76
Centro Universitário De Jaguariúna (UNIFAJ) – Jaguariúna (SP) – R$ 14.634,67
Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG) – Várzea Grande (MT) – R$ 13.960,00
Centro Universitário Euro-Americano (Unieuro) – Campus Asa Sul – Brasília (DF) – R$ 13.880,00
Faculdade São Leopoldo Mandic – Campinas e Araras (SP) – R$ 13.878,00
Centro Universitário Ingá (UNINGÁ) – Maringá (PR) – R$ 13.811,03
Universidade São Francisco (USF) – Bragança Paulista (SP) – R$ 13.762,56
Centro Universitário Claretiano (Ceuclar) – Rio Claro (SP) – R$ 12.600,00
Universidade do Grande Rio (Unigranrio) – Duque de Caxias (RJ) – R$ 12.500,47
Centro Universitário Uninorte (UNINORTE) – Rio Branco (AC) – R$ 12.442,72
Universidade de Marília (Unimar) – Marília (SP) – R$ 12.203,06
Universidade de Cuiabá (UNIC/UNIME) – Cuiabá (MT) – R$ 12.000,00*
* Valor referente a 2024, porque a instituição não havia atualizado a tabela de mensalidades para 2025 até a publicação desta reportagem.
Observação: A Universidade Feevale (FEEVALE), em Novo Hamburgo (RS), não entrou na lista, já que cobrará R$ 9.516,14 dos ingressantes em 2025. Mas os alunos do 8º ao 12º semestres pagarão R$ 13.956,91.
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👩‍🎓Qual é a concorrência em universidades públicas?
O levantamento do g1 mostra o número de candidatos por vaga em 5 das principais universidades públicas do Brasil, nos processos seletivos de 2024:
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pelo vestibular: 295,2 candidatos/vaga (em 2025, serão 266,5).
Universidade Estadual Paulista (Unesp), pelo vestibular: 267,8 candidatos/vaga.
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp): 183,4. candidatos/vaga.
Universidade de São Paulo, pelo vestibular (Fuvest): 117,7 candidatos/vaga na capital; 86,6 em Ribeirão Preto (SP) e 78,2 candidatos/vaga em Bauru (SP).
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), pelo vestibular: 89,3 candidatos/vaga.
Pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que utiliza as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 298.316 pessoas se inscreveram em 2024. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 7 mil foram aprovadas (2,3%).
😷Faculdades privadas x STF e MEC
Segundo o Painel de Demografia Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM), o Brasil reúne:
256 cursos de medicina em instituições privadas;
134 graduações em universidades públicas.
O crescimento do setor privado vem sendo motivo de preocupação no Ministério da Educação (MEC), especialmente pela:
desigualdade na distribuição geográfica de profissionais
e falta de controle na qualidade da formação ofertada.
Com mensalidades altas (como as vistas acima), baixas taxas de evasão dos alunos e uma importância estratégica no setor de educação, as graduações de medicina tornaram-se uma “mina de ouro” para mantenedoras de ensino: no mercado, em 2023, estimava-se que uma única vaga valesse R$ 2 milhões.
Tamanha atratividade financeira levou a um “boom” no surgimento de novos cursos no Brasil: em 2002, eram 113; em 2018, o número já havia saltado para 322.
Por isso, a pasta implementou regras para barrar o pedido de abertura de graduações na área. O Supremo Tribunal Federal (STF) deliberou sobre as normas e decidiu que os critérios devem seguir lei a Lei dos Mais Médicos. Leia aqui.
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