19 de outubro de 2024

TRANSPORTE RODOVIÁRIO: POR QUE O BRASIL É TÃO DEPENDENTE?

Mais de 60% de tudo o que é produzido no Brasil é transportado por rodovias dentro do país Com dimensões continentais, o Brasil possui cerca de 1,8 milhão quilômetros de estradas. Não por acaso, o transporte rodoviário é o principal sistema logístico do país, por onde passam cerca de 65% de todas as cargas movimentadas em nosso território, de acordo com o Relatório Executivo do Plano Nacional de Logística 2025. Cada vez mais o Brasil tem se tornado industrial e a cadeia produtiva gerada nesse processo fomenta a necessidade do transporte rodoviário de cargas.
Entretanto, a dependência desse modal vem desde os tempos da República, quando os governos começaram a priorizar o transporte rodoviário, em detrimento às ferrovias e à imensa rede hidrográfica. Foi no Governo Washington Luís, na década de 1920, que se iniciou o investimento na infraestrutura rodoviária, com a construção da Rodovia Rio-São Paulo, que, até 1940, foi a única pavimentada no país. Os presidentes Vargas e Gaspar Dutra deram prosseguimento aos investimentos rodoviários, mas foi Juscelino Kubitschek, com a construção de Brasília, quem mais apostou na matriz rodoviária. Além disso, foi no seu governo que grandes fabricantes de automóveis chegaram ao Brasil, obviamente, com a promessa da construção de novas rodovias, atrelada à ideida de modernidade.
O modal rodoviário é o mais utilizado pelas indústrias e empresas e também para o transporte pessoal. Para se ter uma ideia, entre 1969 e 2008, a malha rodoviária expandiu 180% em quilômetros. No mesmo período, segundo a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), a quilometragem ferroviária retraiu 14,5% e, embora nossos portos e terminais tenham ampliado a movimentação de cargas, a navegação também diminuiu.
Utilização dos modais de transporte no Brasil
Rodoviário Camilo dos Santos
Com ampla penetração em todo o território brasileiro, o sistema rodoviário permite a entrega rápida de mercadorias e o abastecimento de toda a população brasileira. O Rodoviário Camilo dos Santos (RCS), por exemplo, tem como diferencial a coleta, transferência e entrega de cargas fracionadas em até 24h, graças à facilidade de carretas e caminhões trafegarem pelo Sudeste do país, onde a transportadora atua há 40 anos.
Camilo dos Santos atua há 40 anos no transporte rodoviário de cargas fracionadas
Rodoviário Camilo dos Santos
“Esse prazo só é possível para distâncias de até 600 quilômetros, saindo dos grandes embarcadores, que é o foco maior da Camilo dos Santos. Nossas filiais ficam a mais ou menos 500 km dos grandes centros, por isso conseguimos ter uma velocidade de entrega. O nosso negócio está centrado em interligar as cidades do interior de Minas, Rio e Espírito Santo aos grande centros, principalmente São Paulo, onde estão as grandes indústrias do país”, explica Eduardo dos Santos Junior, Diretor Comercial do RCS.
Apesar da sua força e alcance, é importante conhecer, também, os desafios que podem comprometer a eficiência e a qualidade do transporte rodoviário. A infraestrutura deficiente das estradas brasileiras, carentes de manutenção e melhorias, é mais um ponto de alerta para o setor. Trafegar em rodovias esburacadas e com asfalto precário pode aumentar os custos operacionais das empresas e afetar a segurança dos motoristas e das mercadorias. Outro desafio é a violência nas estradas. O roubo de cargas obriga as transportadoras a adotarem medidas de segurança eficientes para se protegerem.
Nesse cenário de incerteza nas estradas, a Camilo dos Santos implementou estratégias abrangentes de gerenciamento de riscos e criou um departamento exclusivo de segurança, que funciona 24 horas por dia. A empresa adota medidas preventivas com procedimentos operacionais e planos de contingência para reduzir os riscos relacionados ao transporte. “Utilizamos veículos equipados com tecnologia avançada de geolocalização, travas eletrônicas e sistemas de bloqueio. E esse rigor em relação à segurança se inicia no processo de recrutamento”, explica Wangner Prado Alonso, gestor de segurança e risco.
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Rodoviário Camilo dos Santos
Num mundo contemporâneo em que a sustentabilidade ganha cada vez mais importância na sociedade, as empresas do transporte rodoviário também precisam driblar o impacto ambiental, uma vez que os caminhões são grandes agentes de poluição do ar. O RCS, por exemplo, adotou o programa Despoluir, coordenado pela CNT, que visa controlar a emissão de poluentes da frota, garantindo que os níveis emitidos pelos veículos estejam dentro de limites.
“Está nos valores da empresa o retorno sustentado do negócio à sociedade. Isso passa, necessariamente, pela preocupação com o meio ambiente”, ressalta o Diretor Financeiro Fernando Santos. Em função dessa iniciativa, a Camilo dos Santos já recebeu, em 2022 e 2023, o prêmio Melhor Ar, na categoria OURO, entregue às empresas que mais se sensibilizam com a preservação do meio ambiente e com a qualidade do ar.

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