19 de outubro de 2024

Acusados de matar motorista de aplicativo são condenados e penas somam mais de 75 anos de prisão

Crime aconteceu em Araguaína e foram julgados Luis Carlos Silva Vale Júnior e Marques Dhones Leopoldo do Nascimento. Juscelino de Sousa Rosa, de 35 anos, foi morto por engano, segundo a polícia. Acusados de matar motorista são julgados em Araguaína
Luis Carlos Silva Vale Júnior e Marques Dhones Leopoldo do Nascimento foram condenados pela morte do motorista de aplicativo Juscelino de Sousa Rosa, de 35 anos. Os réus enfrentaram o Tribunal do Júri de Araguaína, no norte do estado, e as penas da dupla, somadas, passam de 75 anos de prisão.
📱 Participe do canal do g1 TO no WhatsApp e receba as notícias no celular.
O crime aconteceu na madrugada do dia 29 de dezembro de 2023, após o motorista pegar passageiros em um bar. Juscelino foi abordado por um carro preto na Av. C, no setor Couto Magalhães, que efetuou diversos disparos.
Homicídio foi na madrugada de 29 de dezembro de 2023
Reprodução/ rede social
Na época, a Polícia Civil apurou que os passageiros teriam envolvimento com uma facção criminosa e que Juscelino foi morto por engano enquanto trabalhava.
A Defensoria Pública do Estado atuou em defesa dos réus, mas informou que não comenta decisões da Justiça envolvendo julgamento de pessoas assistidas. (Veja nota na íntegra no fim da reportagem)
Luis Carlos terá que cumprir uma pena de 29 anos, dois meses e sete dias em regime fechado. Ele está preso desde o dia 8 de janeiro deste ano. Já Marques Dhones, preso em 2 de fevereiro, recebeu uma pena de 46 anos, dois meses e 28 dias também em regime fechado.
Marques também respondeu por participação em organização criminosa, posse ilegal de arma de fogo e receptação.
LEIA TAMBÉM:
Motorista de aplicativo é assassinado dentro de carro durante corrida
Investigação aponta que motorista de aplicativo foi morto por engano durante corrida; suspeitos foram presos
Suspeitos de envolvimento na morte de motorista de aplicativo por engano viram réus em processo
Os réus foram condenados por homicídio qualificado praticado por meio torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima e perigo comum, além da tentativa de homicídio contra os três passageiros que haviam solicitado a corrida do motorista morto.
A sentença ainda determina o pagamento de uma indenização à família de Juscelino e das outras vítimas. O valor é de R$ 5 mil a cada uma das famílias.
Motorista de aplicativo foi morto durante corrida na madrugada
Arquivo Pessoal
Relembre o caso
Segundo a denúncia da 4ª Promotoria de Justiça de Araguaína, uma mulher estava em um bar da cidade e junto com outras duas pessoas, acionou um motorista por meio de aplicativo para irem para a casa dela.
Os acusados estariam no local observando as vítimas, que teriam envolvimento grupos criminosos. Quando as vítimas saíram do bar, os condenados acompanharam o carro. Na Av. C eles pararam ao lado e abriram fogo. Juscelino morreu no local a mulher foi ferida na perna.
A perícia constatou pelo menos 14 perfurações no carro e quatro tiros atingiram Juscelino.
O que diz a Defensoria
A Defensoria Pública do Estado do Tocantins não comenta decisões da Justiça envolvendo julgamento de pessoas assistidas ou resultado de júris de seus assistidos. Importante informar que todas as pessoas têm direito à defesa, como prevê a Constituição Federal. Nesse sentido, a Defensoria Pública atua de forma a garantir aos seus assistidos que não apresentam defesa particular um julgamento justo e com amplo direito ao contraditório.
Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.

Mais Notícias