19 de outubro de 2024

Polícia investiga morte de paciente na Barra da Tijuca; família diz que não foi avisada

Familiares dizem que não foi autorizado acompanhante para o paciente e que hospital não ligou para informar a morte. Polícia investiga morte de paciente na Barra da Tijuca; família diz que não foi avisada
A Polícia Civil do Rio investiga a morte de um paciente com transtorno bipolar que foi encontrado morto depois de ser internado no Cer Barra, na Zona Oeste do Rio. A família afirma que não se sabe a causa da morte de Cláudio Alves Perez, de 51 anos.
O irmão contou que ele foi diagnosticado com o transtorno na década de 90 e que, em 30 anos, teve algumas crises. Quando elas aconteciam, os parentes o levavam para uma unidade de saúde, onde ele ficava internado até melhorar.
Na semana passada, Cláudio ligou para o irmão pedindo que fizessem um lanche juntos. Durante o encontro, Ricardo Alves Perez percebeu que o comportamento do irmão estava diferente.
“Ele tava acelerado. Naquela sexta-feira, ele queria estar comigo de qualquer jeito e era uma coisa normal. Mas da forma que ele começou, eu já falei pra minha cunhada, que é esposa dele há doze anos, que pra se ligar que ele estava estranho”, conta o irmão.
No dia seguinte, os dois foram jogar futebol e Cláudio começou a ficar agressivo. A família precisou chamar o Samu e a equipe médica conseguiu conter o homem, que foi levado para a Coordenação Regional de Emergência, na Barra.
A família diz que ele ficou internado em uma ala psiquiátrica com outros cinco pacientes. Na noite de sábado, a esposa dele, que o acompanhava, foi avisada que precisaria deixar o local e retornar no horário de visita.
Ela retornou na tarde de domingo, quando foi avisada da morte.
Cláudia Castro conta que ninguém fez contato durante esse tempo. No prontuário de internação, o médico do plantão disse que foi avisado pela equipe médica que o paciente foi encontrado sem sinais vitais e que foi encaminhado à sala vermelha.
Cláudia diz que os médicos começaram a questioná-la sobre doenças pré-existentes que o marido poderia ter. A certidão de óbito, emitida pela unidade de saúde, diz que a causa da morte depende de exames.
O corpo de Cláudio foi levado para o Instituto Médico Legal e, assim como no Cer, o laudo foi inconclusivo. A família registrou o caso na 16ª DP (Barra da Tijuca).
A direção do Cer Barra lamentou o ocorrido e disse que instaurou uma sindicância para investigar os fatos e que, segundo a equipe, assim que foi constatado o óbito, tentou contato com a família, mas não conseguiu. A Polícia Civil disse que um inquérito foi aberto para apurar.

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