20 de outubro de 2024

Segundo embate entre Nunes e Boulos começa com troca de acusações pelas responsabilidades sobre apagão em SP

Debate da Record, na noite deste sábado (19), segue linha do debate na Bandeirantes, na última segunda-feira (14). Nunes e Boulos em debate na noite deste sábado (19).
Reprodução Record TV
O segundo debate do segundo turno entre os candidatos a prefeito de São Paulo começou com o mesmo clima que pautou o primeiro encontro, na última segunda-feira (14). Na TV Record, Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) fazem um repeteco da troca de acusações sobre as responsabilidades relacionadas ao apagão na capital paulista no último dia 11 de outubro, em função dos ventos.
A previsão do tempo apontava que o fenômeno pudesse se repetir na sexta-feira (18) e neste sábado (19), o que naturalmente esquentaria a discussão sobre o tema entre os candidatos. A chuva e os ventos, porém, foram aquém do esperado, mas os candidatos mantiveram o assunto. Boulos recorreu mais uma vez à responsabilização da Prefeitura de São Paulo em relação à falta de poda de árvores, já que a maior parte da falta de energia ocorre pela queda de galhos e árvores sobre a fiação. Nunes, por sua vez, voltou a culpabilizar a agência federal reguladora das empresas de energia elétrica, Aneel, por não ter quebrado o contrato da Prefeitura com a Enel.
No meio da crise, a multinacional Enel, responsável pela distribuição de energia, foi alvo fácil à esquerda e à direita. “O apagão tem mãe e pai. A mãe é a Enel. O pai é o Ricardo Nunes, que não fez o básico, a poda e o manejo de árvores”, disse Boulos. Nunes, por sua vez, disse que a concessão é federal. “A intervenção só pode ser feita pelo Presidente da República. A caducidade do contrato tem que ser decretada pela Aneel. Não vem arrumar desculpa, você que é deputado federal não fez nada, eu que fui pedir para mudar a lei de responsabilidade [sobre o contrato]”.
Debate de segundo turno entre os candidatos Ricardo Nunes e Guilherme Boulos
Reprodução Record TV
Participação
A presença de Nunes era tida como dúvida neste sábado. A campanha do prefeito fez apelo aos veículos de imprensa para reduzir o número de debates, com o pedido de que fossem realizados apenas três. Nunes esteve no da Band, mas faltou ao da CBN, O Globo e Valor, no dia 10, e na quinta-feira (17) ao da Rede TV, Folha e UOL, sob o pretexto de participar de uma reunião de prefeitos da Região Metropolitana de São Paulo com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), para se preparar para as chuvas do fim de semana. Ambos terminaram por fazer uma sabatina com Boulos. Na sexta-feira, o debate do SBT foi cancelado depois que o prefeito não confirmou participação. Como a chuva e os possíveis transtornos que se esperavam não ocorreram, Nunes compareceu à Record.
Na chegada, o prefeito respondeu a perguntas de jornalistas sobre as ausências nos debates anteriores. “Sou prefeito, minha função requer responsabilidade. Estava em reunião com governador, com presidente da Enel, da Aneel. Obviamente que entre fazer campanha e cuidar da cidade, vou cuidar da cidade.” Boulos, por sua vez, chamou o prefeito de “fujão”. “É lamentável que debate, essencial na democracia, tenha se tornado algo raro. Meu adversário fugiu já de três, em duas semanas, porque não tem respostas.
O debate na Record, mediado pelo jornalista Eduardo Ribeiro, tem três blocos. Os dois primeiros terão perguntas de jornalistas da Record e do Estadão, que divide a realização com o canal televisivo. O terceiro bloco é para considerações finais dos candidatos.

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