20 de outubro de 2024

Grande SP ainda tem 26 mil imóveis sem energia elétrica neste domingo após chuva moderada, segundo a Enel

Somente na capital, 19.184 clientes estão com a energia interrompida, segundo a última atualização da empresa até as 07h55. A Defesa Civil o mantém a previsão e não há risco de tempestade para o Estado. Carro de energia da Enel faz reparos em poste de luz da Avenida Sapopemba, Zona Leste de SP.
Rodrigo Rodrigues/g1
A Grande São Paulo tem 26.568 mil clientes sem energia até as 07h55 deste domingo (20), segundo informações da Enel, após a chuva moderada que atingiu a cidade de São Paulo na manhã deste sábado (19). A empresa informou que “este número representa 0,32%” do total da área de concessão.
Somente na capital, 19.184 clientes estão com a energia interrompida. São Bernardo do Campo aparece em seguida, com mais 1.797 imóveis sem luz
A Enel não informou se dentro desse total, ainda estão imóveis que ficaram sem energia no apagão do dia 11 de outubro.
Quatro dias após o temporal que provocou um apagão em parte da capital paulista, equipes da concessionária ENEL realizam reparos e troca de postes para restabelecer o fornecimento de energia elétrica na Avenida Santo Amaro, zona sul de São Paulo, na noite de terça (15)
LEANDRO CHEMALLE/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
Sem previsão de tempestade
A Defesa Civil do Estado de São Paulo afirma que não há risco de tempestade neste domingo (20).
“Os atuais modelos meteorológicos indicam possibilidade para pancadas de chuva isoladas, seguidas por raios em especial nos municípios que fazem divisa com o sul de Minas Gerais”, completou a nota.
Para a capital, o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo (CGE) diz que há previsão de garoa e chuviscos no decorrer do dia, alternados com com períodos de melhoria.
Até o dia 20 deste mês, a capital teve 36, 9 mm de chuva, o que corresponde a 32,7% dos 112,7 mm esperados para outubro, segundo dados do CGE.
6 dias de apagão
Missa é realizada à luz de velas após apagão em SP
Reprodução/TV Globo
Após o temporal da última sexta-feira (11), moradores do estado ficaram cerca de 6 dias sem energia. Somente na quinta-feira (17), a Enel informou que tinha normalizado a distribuição de energia para quase todas as residências da Grande SP.
Ao todo, segundo a própria Enel, 3,1 milhões de endereços foram afetados.
O anúncio da normalidade da energia aconteceu horas antes de vencer o prazo dado tanto pelo Ministério das Minas e Energia quanto pela Justiça, para que a luz fosse restabelecida em todas as cidades.
Na segunda-feira (14), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o ministério estipularam o limite de três dias para que a concessionária resolvesse os problemas mais graves na Grande SP.
Em liminar obtida pela Defensoria do Estado na terça (15), a Justiça de São Paulo também deu prazo de 24 horas para a Enel restabelecer a energia elétrica para os imóveis afetados pelo temporal de sexta-feira (11).
Na decisão liminar previu multa de R$ 100 mil por hora em caso de descumprimento. Segundo o Tribunal de Justiça, o prazo começa a ser contado só na segunda-feira (21), a partir da intimação do representante legal da empresa e da publicação da sentença no Diário Oficial da Justiça, que acontecerá neste sábado (18).
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Crédito para comerciantes prejudicados
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou na sexta-feira (18) que o governo federal vai estabelecer uma linha de crédito para os moradores de São Paulo afetados pelo apagão na capital do estado.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o crédito será voltado apenas para comerciantes e empresários prejudicados e será operacionalizado dentro do Pronampe. Os danos residenciais, segundo Haddad, deverão ser ressarcidos pela própria distribuidora Enel.
Em entrevista à GloboNews, o presidente da Enel, Guilherme Lencastre, afirmou que as indenizações para os moradores afetados serão analisadas “caso a caso”.
“Com relação à questão da indenização, nós também estamos acelerando o processo de indenização com relação aos danos elétricos e a gente vai analisar caso a caso depois, em relação a outras situações”, afirmou.

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