Ana Coutinho tem 18 anos e considera os pais, que não conseguiram fazer faculdade, a inspiração para o vestibular. Ela quer cursar midialogia, mas tem o objetivo de abrir uma empresa e ser tatuadora. Ana Coutinho presta Unicamp pelo sonho dos pais
Fernando Almeida/g1
A estudante, Ana Coutinho, de 18 anos, presta, neste domingo (20), a primeira fase do vestibular 2025 da Unicamp, um dos mais concorridos do Brasil.
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A jovem, que faz a prova no campus Swift da Unip, em Campinas (SP), contou ao g1 que se motivou a tentar uma vaga na universidade para ser a primeira da família a cursar ensino superior, mas afirma que, pelo ineditismo, também sente um pouco da pressão.
“A Unicamp é uma universidade grandiosa e meus pais são minha inspiração. O sonho da minha mãe era ter feito uma faculdade, meu pai também, mas na época eles não tinham muita condição. Mas existe a pressão. Por ser a primeira, eu fico nervosa”, disse.
A jovem estuda em tempo integral na Escola Estadual Culto à Ciência, no Centro de Campinas, trabalha em um clube de futebol no Cambuí e também ajuda a mãe a vender salgados. Ele disse que a maior dificuldade no processo de preparação foi manter a autodisciplina para focar nos estudos.
“Eu deixei um pouco a desejar na parte dos estudos e tudo mais. Tanto que eu achei que eu nem ia vir fazer. Mas a minha mãe me incentivou muito, falou para eu fazer, que se não conseguisse a isenção ela pagaria”, afirmou.
Ana quer fazer faculdade na área de midialogia na Unicamp, mas o sonho mesmo é abrir um estúdio de tatuagem.
“Na verdade eu quero mesmo é abrir minha empresa e ser tatuadora. Vou fazer faculdade na área de comunicação, mas quero ter minha empresa de tatuagem. O talento pro desenho eu já tenho”, completou.
A Universidade aplica neste domingo a 1ª fase do Vestibular 2025 para 63.004 mil candidatos que disputam 2.537 vagas em 69 cursos de graduação. No primeiro ano em que a opção foi oferecida, a carreira de treineiros somou 5.710 estudantes inscritos.
Marco Antônio presta o vestibular da Unicamp pela segunda vez
Fernando Almeida/g1
‘Se não passar esse ano, talvez seja o último’
Marco Antônio de Oliveira Lopes tem 25 anos e presta Unicamp pela segunda vez. Desta vez, o candidato tenta uma vaga em educação física. O objetivo dele é, além de adquirir conhecimento, melhorar a vida da família.
“Minha maior referência é minha irmã. Ela foi a segunda mulher da minha família a ter faculdade. É uma das únicas a ter faculdade até hoje. Eu acho que a gente olha ao nosso redor, vê o que a gente pode melhorar e trás para os nossos. Tem bastante pressão porque é uma prova difícil, tem ampla concorrência, e a minha idade também complica. Se eu não passar esse ano, talvez seja o último”.
A rotina de estudos teve de ser equilibrada com o trabalho na área de comércio exterior e também como professor de inglês. “Minha maior dificuldade é ter estudado muito tarde por causa da idade”, explicou.
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