21 de outubro de 2024

Piauiense de 47 anos é condenada a pagar multa e assistir curso por participação em atos antidemocráticos

A condenação vale para ela e outras 14 pessoas que se recusaram a confessar os crimes em um Acordo de Não Persecução Penal proposto pela Procuradoria-Geral da República. Diferente dela, 443 réus optaram pelo acordo. Golpistas deixam acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, nesta segunda-feira (9)
Amanda Perobelli/Reuters
A piauiense Edigleuma Maria da Rocha foi condenada por incitação ao crime e associação criminosa, por ter participado dos acampamentos feitos em preparação aos atos antidemocráticos que destruíram os prédios dos três poderes da República no dia 8 de janeiro de 2023.
A condenação vale para ela e outras 14 pessoas que se recusaram a confessar os crimes em um Acordo de Não Persecução Penal proposto pela Procuradoria-Geral da República. Diferente dela, 443 réus optaram pelo acordo.
Compartilhe esta notícia no WhatsApp
Compartilhe esta notícia no Telegram
Ela foi a segunda pessoa natural do Piauí condenada por participação nos atos antidemocráticos. Em junho, o barbeiro João Oliveira Antunes Neto, de 20 anos, a 11 anos e seis meses de prisão, em regime fechado. Ele foi preso em agosto.
O Supremo Tribunal Federal condenou Edigleuma a prestar serviços à comunidade, pagar multa de 10 salários mínimos e a assistir a um curso chamado “Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado”, de carga horária de 12 horas.
Ela foi condenada a 1 ano de prisão, mas por ser um período inferior a 4 anos, nos termos do artigo 33 do Código Penal, a pena foi convertida no regime aberto. Além disso, ela está proibida de usar redes sociais e de se ausentar de Teresina, onde mora.
Quem é Edigleuma Maria
Segurança confirma mulher piauiense de 46 anos presa no DF por atos antidemocráticos
Reprodução
Edigleuma Maria da Rocha tem 47 anos e é de Teresina. Ela compartilhava posts ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e contra o presidente Lula (PT) nas redes sociais. Entre os posts, informação falsa sobre a credibilidade das urnas eletrônicas e da condução das eleições de 2022.
Ela foi presa no dia 9, com outras centenas de pessoas. Segundo o STF, Edigleuma teria passado dois dias em um acampamento localizado diante do Quartel-General do Exército nos dias 8 e 9 de janeiro. Em depoimento, ela contou que foi sozinha para Brasília, em um ônibus comercial.
“Eu cheguei a Brasília, foi por livre espontânea vontade. Fui de ônibus comercial, para ser voluntária, para ajudar tanto na comida quanto em oração e foi isso… Eu saí daqui de Teresina/PI no sábado, dia 7… Cheguei no domingo”, contou.
📲 Confira as últimas notícias do g1 Piauí
📲 Acompanhe o g1 Piauí no Facebook, no Instagram e no Twitter
VÍDEOS: Assista às notícias mais vistas da Rede Clube

Mais Notícias