21 de outubro de 2024

De clonagem a remédios que prolongam a vida: ciência busca soluções para quem não quer dizer adeus aos seus pets

Iniciativas têm objetivo de ajudar quem não quer dizer adeus aos seus animais de estimação. De clonagem a remédios que prolongam a vida: ciência busca soluções para quem não quer dizer adeus aos seus pets
Tutores de pets têm se beneficiado do avanço da ciência para manter o amor pelos bichinhos: eles investem tempo e dinheiro em uma técnica de clonagem, que se modernizou nos últimos anos e forma novos animais.
Vader tem o nome do vilão do filme “Guerras nas Estrelas”, mas é uma cadelinha de 4 anos, doce, carinhosa e obediente. Lauren Aston, da Viagen Pets, diz que ela é parte da família, só que um pouco mais peluda.
“Deixava a minha filha colocar fantasia de princesa, lacinho, asinha de fada. Ela é ótima”, diz xx.
A Vader não é um animal qualquer. Ela é uma cadelinha clonada a partir das células da Meggie, que era uma pastora alemã igualzinha a ela, usando a mesma técnica para fazer o primeiro animal clonado do mundo, a ovelha Dolly. Só que essa técnica agora se modernizou e é usada para quem não quer dizer adeus aos seus animais de estimação.
Pode acontecer de o clone ser multiplicado no processo. As células da Meggie geraram três clones, acolhidos por outros tutores a quilômetros de distância um do outro. Mas têm comportamentos parecidos.
“Quando trabalho em casa, a Vader sobe numa cadeira e põe a patinha na mesa como se quisesse ficar de “mão dada” comigo. Ela também uiva quando ouve uma sirene de polícia ou dos bombeiros. Os outros clones fazem a mesma coisa. E não foram os tutores que ensinaram isso”, relata Priscila.
Melain trabalha na mesma empresa da Lauren e também tem um cachorro clonado. Ela vê em Deuce a mesma personalidade do pinscher original, o Zeus. São gêmeos genéticos.
O polêmico e caro procedimento usado para clonar animais de estimação
Custo de procedimento chega a mais de R$ 200 mil
Quando os cientistas do Instituto Roslin, na Escócia, apresentaram a ovelha Dolly ao mundo, em 1996, foi uma revolução. O processo já foi repetido em cavalos, porcos e bovinos. Mas clonar pets é um luxo para poucos. O processo custa o equivalente a R$ 260 mil, restrito a gente como a apresentadora americana Paris Hilton.
A clonagem da chihuahua “Diamond Baby” gerou as gêmeas Diamond e Baby. Em 2018, o presidente da Argentina, Javier Milei, clonou o Conan, um mastim inglês que tinha morrido no ano anterior. O Fantástico mostrou essa história no fim do ano passado.
Em maio de 2018, chegaram dos Estados Unidos seis clones de Conan.
Como funciona processo
O processo para produzir um clone é complexo. Os cientistas extraem o DNA de células da pele de um animal para produzir o clone. Em seguida, removem o material genético do óvulo de uma doadora e substituem pelo DNA do animal a ser clonado. O óvulo recebe um estímulo elétrico para começar a se dividir como um embrião. A partir daí, é preciso inserir os embriões em uma fêmea saudável para gestar os futuros clones.
Para quem acha que pode ser muita interferência na “ordem natural das coisas”, o geneticista Shawn Walker lembra que há séculos nós humanos mexemos com o DNA dos pets.
“Já misturamos diversas raças e usamos fertilização in vitro. A clonagem é só mais um passo nessa evolução”, pontua o cientista chefe, Shawn Walker.
A primeira ovelha clonada viveu seis anos, metade da expectativa de vida de uma ovelha saudável. Isso gerou questionamentos. Mas hoje já se sabe que não foi a clonagem que provocou a morte prematura.
“Já clonamos milhares de animais e não registramos uma queda na longevidade. A Dolly não envelheceu mais rápido do que o normal. Ela morreu de outras causas, totalmente naturais. Clonados ou não, cachorros envelhecem sete vezes mais rápido do que nós. Vivem, em média, doze anos e meio”, destaca Walker.
O contrato prevê uma taxa anual de quase US$ 800 para manter as células refrigeradas.
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