Segundo investigações, Igor Augusto Oliveira, de 22 anos, usava redes sociais e, após receber pagamentos, parava de responder compradores. Pelo menos 30 vítimas foram identificadas em todo país. Igor Augusto Oliveira, de 22 anos, é suspeito de estelionato
Reprodução
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, na manhã desta segunda-feira (21), o suspeito de vender ingressos falsos para os shows do Bruno Mars em Brasília, que ocorrem nos dias 26 e 27 de outubro, no Estádio Mané Garrincha. A polícia identificou pelo menos 30 vítimas em todo o país.
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Conforme as investigações, Igor Augusto Oliveira, de 22 anos, usava as redes sociais para vender os supostos ingressos, se passando por um professor universitário. Após receber os pagamentos, ele parava de responder os compradores.
Ainda de acordo com a PCDF, Igor também usava documentos falsos e contas bancárias de terceiros para aplicar os golpes. Estima-se que ele conseguiu cerca de R$50 mil com as fraudes, segundo as investigações.
A polícia informou que Igor teve suas contas bloqueadas para ressarcir as vítimas. Ele deve responder pelos crimes de estelionato eletrônico continuado e uso de documento falso.
Os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram cumpridos em Planaltina (DF) e em Planaltina de Goiás (GO). Segundo a PCDF, as investigações continuam para identificar outras vítimas. A participação de outras pessoas no crime também é investigada.
‘Ofertas tentadoras’
Grupo de fãs de Bruno Mars afirma ter sofrido golpe na compra de ingressos para o show do cantor
De acordo com as vítimas, Igor fazia “ofertas tentadoras”. No Distrito Federal, só restam ingressos para a pista premium, que custam R$ 1.250, mais R$ 250 do valor de taxa do site de vendas. Segundo as vítimas, o suspeito cobrava mais barato do que os ingressos da bilheteria oficial.
As vítimas contam que Igor pedia um sinal em dinheiro para oficializar a compra e informava que só conseguiria fazer a transferência dos ingressos 30 dias antes do show. Três vítimas que não quiseram se identificar contaram à TV Globo como foram abordadas por Igor (veja vídeo acima).
Vítima 1
“Quando fui fazer o PIX, o banco chegou a emitir um alerta falando que a conta dele já tinha sido denunciada por fraude e que eu poderia estar caindo em um golpe. Eu enviei isso para ele, falando ‘olha, deu ruim aqui, o que está acontecendo, isso é fraude?’, e ele me enviou mais provas de que não era. Quando chegou na semana que era para fazer a transferência do ingresso ele postou que estava com depressão e simplesmente desapareceu do mapa.”
Vítima 2
“Como é uma pessoa da minha cidade, conhecida, eu imaginei que não seria um golpe, né? Confiei, fiz o PIX no valor de R$ 400, e ele me mandou um print do site informando que só poderia transferir os ingressos em até 30 dias antes do evento. Fiquei aguardando e na semana que completou 30 dias ele sumiu, desativou todas as redes sociais.”
Vítima 3
“Eu percebi que era um golpe quando chegou o dia em que o ingresso deveria ter caído na minha conta e não caiu. Eu mandei mensagem pra ele, pedi para ele verificar, ele disse que verificaria quando chegasse em casa, isso não ocorreu, hoje as mensagens não chegam mais no Whatsapp dele.”
Cuidado com golpes ⚠️
Alerta de cuidado com golpes fixado nas redes sociais da empresa Ticketmaster
Reprodução/redes sociais
A Ticketmaster, empresa responsável pela venda dos ingressos dos shows de Bruno Mars no Brasil, tem um aviso fixado no site e nas redes sociais da empresa com dicas para não cair em golpes.
🚨Entre os alertas estão: “Nunca adquira ingressos fora dos canais oficiais”. A empresa diz ainda que não aconselha compra através de plataformas de revenda de ingressos (veja acima).
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