22 de outubro de 2024

Aguapés cobre o Rio Piracicaba, em Americana, e especialista alerta para risco de mortes de peixes

Segundo professor do Cena/USP, a morte dessa vegetação vai liberar matéria orgânica que pode afetar a vida aquática no corpo d’água. A falta de chuva tem prejudicado a qualidade da água do Rio Piracicaba. Em alguns trechos, na altura de Americana (SP), o rio praticamente sumiu de tanta planta aquática que vem se proliferando.
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Imagens feitas pela produção da EPTV, na tarde desta segunda-feira, na ponte sobre a Rodovia Anhanguera (SP-330) próxima ao quilômetro 130, mostram um tapete verde formado em um longo trecho do rio. Praticamente não da pra ver a água.
Aguapés criam “tapete verde” no Rio Piracicaba, em Americana
Edijan Del Santo/ EPTV
Do outro lado da ponte, as plantas aquáticas também cobriram uma boa parte da lâmina d’água. Na medição feita nesta segunda pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do Estado de São Paulo, a vazão em Piracicaba está 74% abaixo para a série histórica do mês de outubro.
Segundo o professor Plínio Barbosa de Camargo, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), ligado à Esalq/USP, a quantidade de plantas aquáticas que tem aparecido está acima do normal.
Acúmulo de aguapés não é bom sinal, segundo especialista
Edijan Del Santo/ EPTV
“Falar que isso é bom é mentira, porque esses aguapés vão se acumular de uma forma muito grande e vai chegar em algum momento que eles vão começar a morrer. Eles vão começar a morrer, ao morrer vai dar um monte de matéria orgânica dentro da água e aí pode matar os peixes que estão por aí”, explicou.
Ele detalhou que nutrientes fazem com que os aguapés se proliferem. O especialista ainda apontou que uma chuva forte seria ajudaria a fazer com que essas plantas fossem levadas pela correnteza.
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