22 de outubro de 2024

Casos de estupro de vulneráveis crescem mais de 6% em Alagoas, aponta Anuário da Violência

Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, vários estados do Nordeste registraram mais casos que a média nacional. No Nordeste, aumentou o número de casos de crianças e adolescentes vítimas de estupro
SSP/SE
Em 2023, Alagoas registrou um aumento de 6,2% no número de casos de estupro de vulneráveis. Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, são 51 casos a mais em comparação ao ano anterior.
Compartilhe no WhatsApp
Compartilhe no Telegram
No ano passado, no Brasil, os casos chegaram ao total de 64.237. Nesse mesmo ano, alguns estados do Nordeste apresentaram um crescimento acima da média nacional, que foi de 7,5%.
Rio Grande do Norte (36,9%)
Ceará (17,9%)
Paraíba (14,5%)
O estupro de vulnerável se caracteriza não só pela prática de conjunção carnal ou outro tipo de ato libidinoso com menores de 14 anos, mas também com qualquer pessoa que possua enfermidade ou deficiência intelectual e que não possa oferecer resistência.
“Temos um problema gravíssimo no país, com 61,6% de todos os estupros registrados no Brasil com vítimas crianças menores de 14 anos. Precisamos ter clareza sobre isso para podermos discutir políticas públicas de enfrentamento desta violência”, afirmou a presidente do Instituto Liberta, Luciana Temer.
Participe do canal do g1 AL no WhatsApp 📲
Segundo o Anuário, os familiares das vítimas são os principais agressores, sendo que 85,5% dos crimes registrados em 2023 contra crianças e adolescentes foram praticados por familiares ou conhecidos das vítimas.
Meninas negras são as mais vulneráveis
Dentro dessa análise, o Anuário Brasileiro demonstrou que as meninas negras são as mais vulneráveis. Em 2023, elas somaram 51,9% das vítimas de estupro de menores de 14 anos, seguidas por:
meninas brancas (47,1%)
meninas indígenas (0,5%)
meninas amarelas (0,4%)
Segundo os registros, 65,1% dos crimes aconteceram dentro de casa, enquanto a via pública é apontada em 9,9% dos casos.
A presidente do Instituto Liberta chamou a atenção para quantidade de casos que não são denunciados e a importância de campanhas de conscientização sobre o tema.
“O aumento do registro do número de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes vem crescendo ano a ano, em todo o país, o que não significa necessariamente um maior número de casos. É possível que os estados estejam fazendo mais campanhas de conscientização, o que leva a população a ter maior coragem para denunciar.” disse.
Como denunciar em Alagoas
Veja como reconhecer e como denunciar casos de abuso infantil
Os casos de violência contra crianças e adolescentes podem ser denunciados em vários canais, seja por telefone, por aplicativo ou de forma presencial.
Delegacia de Crimes contra Crianças e Adolescentes
Delegacias comuns
Hospital da Mulher
Disque 100
Ministério Público de Alagoas
Conselho Tutelar
Disque Denúncia 181
Polícia Militar 190
Veja os vídeos mais recentes do g1 AL
Confira outras notícias da região no g1 AL

Mais Notícias