Prefeito, servidores, empresários e laranjas são investigados. Foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão. Foram encontrados mais de R$ 50 mil em espécie e uma arma de fogo na casa de um dos investigados em Carmo do Rio Verde, em Goiás
Reprodução / MP-GO
Uma operação investiga fraudes em licitações e desvios de verba pública durante a aquisição de combustíveis em Carmo do Rio Verde, no centro goiano. Nesta terça-feira (22), o Ministério Público de Goiás (MP-GO) cumpriu 17 mandados de busca e apreensão contra o prefeito Geraldo dos Reis Oliveira (MDB), servidores, empresários e laranjas.
✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp
Durante a operação, uma pessoa foi presa por posse irregular de arma de fogo. Na casa dela, além da arma e das munições, também foram encontrados R$ 54,5 mil em espécie, em notas de R$ 200, R$ 100 e R$ 50. A identidade ou cargo do preso não foi divulgada. O Tribunal de Justiça ainda autorizou a quebra do sigilo bancário dos investigados.
O g1 tentou contato, por e-mail enviado às 9h05, com a Prefeitura de Carmo do Rio Verde e com o prefeito, solicitando posicionamento. No entanto, não houve retorno até a última atualização desta matéria. Como os nomes dos outros investigados não foram divulgados, não foi possível localizar a defesa deles.
LEIA TAMBÉM:
Operação do MP combate fraude em licitações de cidades goianas
Operação cumpre mandados em Goiás, DF e três estados contra suspeitos de ostentar vida de luxo com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro
Quem são os policiais e os advogados condenados a até 93 anos de prisão por cobrar para não prender suspeitos de crimes
O MP-GO não divulgou informações sobre a quantia total de dinheiro que foi movimentada. A ação foi realizada por meio do Núcleo Especializado em Crimes Praticados por Prefeitos (NUCPP), com apoio das polícias Civil e Militar.
“Esse trabalho é realizado para apurar desvios na aquisição de combustível por parte da prefeitura e de suas secretarias. Dentre os alvos estão o gestor público, órgãos públicos, laranjas que fazem parte desse esquema, além de outras pessoas físicas e jurídicas”, afirmou Rafael Simonetti, coordenador do NUCPP.
Os suspeitos são investigados pelos crimes de falsidade ideológica, frustração do caráter competitivo da licitação e apropriação de bens ou rendas públicas, ou desvio dos mesmos em proveito próprio ou alheio.
📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.