23 de outubro de 2024

Travesti que tentou invadir prédio foi morta por zelador asfixiada com ‘mata-leão’, diz B.O.

Funcionário do condomínio em São Carlos (SP) chegou a ser preso, mas foi solto após audiência de custódia. Homicídio aconteceu no bairro Parque Faber, na segunda (21). A travesti Amanda Eduarda, de 28 anos, foi morta com um golpe “mata-leão” em São Carlos
Reprodução redes sociais
A travesti Amanda Eduarda, de 28 anos, morta ao tentar invadir um prédio no bairro Parque Faber, em São Carlos (SP), na manhã de segunda-feira (21), faleceu em decorrência de asfixia provocada por um golpe ‘mata-leão’.
A informação consta do atestado de óbito feito pela médica legista de plantão e que foi anexado ao boletim de ocorrência do caso.
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O zelador do prédio chegou a ser preso, mas foi solto após passar por audiência de custódia e responderá o processo em liberdade. O g1 não conseguiu contato com a defesa dele.
Ele deverá seguir medidas cautelares, como comparecer mensalmente em juízo e a todos os atos do processo, não mudar de endereço sem comunicação ao juízo e manter o endereço atualizado, sob pena de revogação do benefício.
Comportamento agressivo
Travesti é morta durante invasão a um prédio em São Carlos
De acordo com as testemunhas ouvidas pela polícia, Amanda apresentava comportamento agressivo e havia tentando entrar no shopping Iguatemi, onde foi barrada. Ela, então, teria ido até o edifício localizado nas proximidades e entrado pela janela.
Na tentantiva de contê-la, o zelador do prédio deu um “mata-leão”, derrubando-a no chão e a segurando com o joelho sobre o seu tórax. A ação foi filmada por câmeras de vigilância.
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A Polícia Militar foi acionada e os policias encontraram a vítima desacordada. Os policiais prestaram os primeiros-socorros e fizeram massagem cardíaca sem sucesso. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência também foi chamado e atestou o óbito.
Travesti é morta durante invasão a prédio em São Carlos
Bruno Moraes/acidade on
O corpo da travesti foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de São Carlos. O laudo apontou que a causa da morte foi asfixia mecânica por sufocação indireta decorrente do golpe “mata-leão”.
ONG pede investigação rigorosa
A ONG Associação da Parada da Diversidade São Carlos (APOLGBT) se manifestou por meio das redes sociais, lamentando a morte de Amanda e pedindo apuração rigorosa e transparente sobre os motivos da morte.
Veja a nota na íntegra:
“Com profundo pesar, a APOLGBT São Carlos lamenta a perda de Amanda Eduarda, 28 anos, que nos deixou esta manhã.
Infelizmente, o Brasil continua sendo o país que mais mata pessoas trans e travestis no mundo. A estatística é cruel: a expectativa de vida de uma pessoa trans no Brasil é de apenas 35 anos.
Mas não aceitaremos essas estatísticas como destino! Continuamos lutando para vencer esses números, para garantir direitos, respeito e vida para nossa comunidade.
Exigimos investigação rigorosa e transparente para apurar os verdadeiros motivos deste óbito.
Reclamamos posicionamento firme e ação efetiva da Secretaria da Cidadania e demais órgãos municipais.
A APOLGBT SÃO CARLOS, apresenta condolências sinceras aos familiares e amigos enlutados.
Amanda Rios, sua memória e luta permanecerão conosco.
Juntos, vamos vencer as estatísticas! Vamos lutar por vidas dignas e seguras para todas as pessoas LGBTQIAPN+
Em respeito e solidariedade,
APOLGBT São Carlos”
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