Segundo o IBGE, em 2022, 51,7% das mulheres estavam em posição de comando das casas do que como esposa do responsável. Comércio no Centro de Porto Alegre.
Maria Ana Krack / PMPA
Em 2022, mais da metade dos lares alagoanos foram comandados por mulheres. Os dados do Censo sobre composição familiar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram divulgados nesta sexta-feira (25).
Os dados do Censo mostram que em Alagoas 51,7% das mulheres estão na posição de comando das casas do que como esposa dos responsáveis. Em 2010, o percentual era de 38,5%.
Esse cenário se repete na maioria dos estados do Nordeste, que contam com uma grande porcentagem de mulheres sendo provedoras dos lares. Apenas o Rio Grande do Norte tem seus domicílios chefiados, em sua maioria, por homens (50,7%).
Para Márcio Minamiguchi, gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, isso é resultado de uma combinação de fatores que vêm mudando ao longo do tempo.
“O aumento da independência econômica das mulheres, a maior presença no mercado de trabalho e o aumento da renda contribuem para essa questão de identificação como responsáveis [da casa]”, afirma o especialista.
O Censo mostrou ainda que, a nível de Brasil, em 29% das casas onde as mulheres são as responsáveis, há a presença de um filho e ausência de cônjuge. Ou seja, em cerca de 3 em cada 10 lares brasileiros, as mulheres são mãe solo.
Estados com maioria das casas comandadas por mulheres
Mais pessoas morando sozinhas
O Censo mostrou ainda que entre 2010 e 2022, o percentual de alagoanos que moram sozinhos subiu de 9,57% para 15,55%. Desse número, a maioria é de homens, 7,97%, contra 7,58% de mulheres.
Do Censo de 2010 para o Censo de 2020 também cresceu o número de casais que moram juntos, mas não têm filhos. Em 2010, a proporção era de 13,5%, enquanto que em 2022 o número de subiu para quase 18,2%.
Cresce o número de mulheres à frente dos lares, diz Censo
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