Debate foi realizado pela TV Globo na noite desta sexta-feira (25). Participaram Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB). Comentaristas do g1 e da GloboNews analisaram o debate de 2º turno com os candidatos a prefeito da cidade de São Paulo, realizado pela TV Globo, na noite desta sexta-feira (25).
Com mediação do jornalista César Tralli, participaram Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB).
Veja a íntegra do debate
Assista aos embates entre os candidatos
Natuza Nery
Natuza Nery avalia o debate de São Paulo
Para a colunista, o desempenho de Boulos foi dentro do esperado, mas com um pouco mais de agressividade do que o visto no 1º turno.
“Boulos não mudou de estilo. Não foi agressivo. Nem Nunes foi. Boulos usou agressividade acima da linha cintura. Por outro lado, ele foi arrogante quando mandou Nunes beber água, dizendo que o concorrente estava nervoso e gaguejando.”
Para Natuza, Nunes ficou o tempo todo do debate “no corner”. “Não conseguiu sair da defensiva”.
A colunista destaca um ponto do debate entre os dois candidatos: “o ponto alto foi quando Nunes começa a usar uma colinha. Como um candidato vai ao debate e não sabe o que vai falar? E Boulos ironizou o fato, dizendo que anda ele de bicicleta sem rodinha, enquanto seu concorrente usa duas rodinhas, o governador de SP, Tarcísio de Freitas, e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Daniela Lima
Daniela Lima analisa debate com candidatos a prefeito de São Paulo
A colunista explica que o debate foi inteiro medido em grupos focais. As campanhas contratam empresas que colocam eleitores para assistir ao debate e respondem perguntas a cada momento para dar uma ideia às campanhas de como os candidatos estão performando.
“Havia preocupação da campanha de Boulos de que ele acelerasse mas não passasse do tom. Acham que ele quase fez isso quando mandou Nunes beber água, mas ele não chegou a agredir quem estava assistindo. Mas a campanha celebrou como pontos fortes de Boulos a questão dos cemitérios, que foi bem recebida pelos grupos focais que analisavam o debate.”
“No lado do Nunes, a equipe celebrou de ter abordadoa questão da segurança. Acharam que a questão da GCM, que disse que dobrou, dizendo que o Boulos não gosta de política, de que o concorrente quer liberar as drogas, foi o ponto forte para o candidato. Foi um primeiro bloco bem pegado.”
Monica Waldvogel
Mônica Waldvogel analisa debate de São Paulo
A colunista afirmou que hoje “Boulos resolveu atacar”.
“Hoje, de certa forma, foi o dia do Boulos. De tarde, participou de uma sabatina com [o ex-candidato] Pablo Marçal. O que foi controverso, gerou dúvidas entre os apoiadores. Quando chegou no debate da noite, veio outro Boulos. Muito mais agressivo, bem diferente da entrevista da tarde. Mas na posição dele, que precisa ganhar seis pontos para chegar a um empate técnico na eleição, ele usou bem a oportunidade. Explorou bem a estratégia [da entrevista e do debate].