28 de outubro de 2024

Baixada em Pauta #205: Diretor do TCE cita carência de ‘bagagem profissional’ na administração pública

Diretor do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) da Baixada Santista, Rafael Calegari, falou sobre a própria trajetória no órgão, o papel do eleitor e a dicotomia de direita e esquerda. Baixada em Pauta: Diretor do TCE da Baixada Santista é o entrevistado desta semana
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O diretor do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) da Baixada Santista, Rafael Calegari, foi o entrevistado do podcast Baixada em Pauta desta semana, com o jornalista e apresentador Luiz Linna. Nascido em Votuporanga, ele falou sobre a carreira profissional.
Calegari contou ter entrado no TCE para o cargo de agente de fiscalização financeira, que atualmente é denominado ‘auditor de controle externo’, em setembro de 2006, por meio de concurso público. “É um órgão que a gente fala que é de elite do funcionalismo, mas também exige bastante”, disse.
O diretor contou que é necessário “bastante conhecimento” para ser auditor. “Tem que estar afinado, ainda mais ali no TCE. Nós trabalhamos com direito, contabilidade, economia e administração. A gente vê o dia a dia da administração pública municipal e estadual”, explicou.
Após três anos na função, Calegari foi promovido a chefe técnico da fiscalização. Ele contou que, em 2019, foi convidado para assumir como diretor da regional do TCE na Baixada Santista, função que exerce até o momento.
Calegari considerou que “cada região tem a sua peculiaridade”, mas pontuou que a Baixada Santista tem a questão turística, a proximidade com o oceano, e o Porto de Santos.
“A questão da moradia me chama atenção porque tem um déficit populacional grande. […] Temos tido notícias desses problemas de organizações criminosas de forma mais presente, não que no interior não tenha”, ressaltou Calegari.
Apresentador e jornalista Luiz Linna conversou com o diretor do TCE da Baixada Santista, Rafael Calegari, no Baixada em Pauta
g1 Santos
O diretor do TCE explicou ainda que, em teoria, o órgão não faz e não participa da política. Apesar disso, ele ressaltou que tecnicamente sim, observando os contratos e contas para avaliar o andamento da administração. Para Calegari, o papel do eleitor é fundamental.
“O que o eleitor tem que fazer? Olhar para o candidato dele, para o passado dele, se já teve atuação política, como se desempenhou, como se portou”, disse Calegari. “Tem que olhar para quem o apoia, qual tipo de governo que faz, se é um governo com muitos problemas ou não, muitas denúncias, ainda que se tenha a presunção de inocência”.
Calegari afirmou também que o eleitor deve avaliar aquilo que deseja para a cidade onde vive, e não apenas a dicotomia [divisão de algo em duas partes distintas, mas complementares] de direita e esquerda que, para ele, é considerado algo secundário. “Aliás, isso só leva o Brasil para trás”, afirmou.
Ele acrescentou que a política necessita de pessoas boas, bem intencionadas e que realmente queiram se desdobrar para a comunidade. “A administração pública é carente de pessoas com muita bagagem profissional, conhecimento, tecnicismo, que saibam fazer a política correta”, finalizou.
Você confere essa história e muitas outras no bate-papo no podcast ou videocast do Baixada em Pauta. O acesso pode ser feito nesta matéria, na home do g1 Santos, nos aplicativos de áudios favoritos ou pelo Facebook. Basta curtir as páginas e nos seguir!
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