A coligação do futuro prefeito de Niterói, eleito no último domingo (27) com 57% dos votos válidos, conta com 14 dos 21 vereadores eleitos para a Câmara Municipal a partir de 2025. Apenas Belford Roxo, São João de Meriti e Petrópolis vão ter câmaras com a maioria oposicionista. Rodrigo Neves dá entrevista ao g1(Imagem de arquivo)
Marcos Serra Lima/g1
Com uma coligação de 13 partidos políticos, o prefeito eleito de Niterói Rodrigo Neves (PDT) já conta com uma base de 14 dos 21 vereadores eleitos para a Câmara Municipal a partir de 2025.
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Rodrigo faz parte de um grupo grande de prefeitos que vão governar com maioria no legislativo local. Considerando as 10 maiores cidades do estado, apenas três delas vão contar com mais parlamentares de oposição em suas câmaras municipais. (Saiba quais são elas na reportagem).
Eleito pela 3ª vez para ser prefeito de Niterói, Neves terá dois terços do parlamento municipal a partir do ano que vem. O número representa 66% do total, uma bancada suficiente para aprovar projetos com o chamado quórum qualificado. Esse tipo de votação é necessário para aprovar leis complementares, votar as contas do prefeito e para a cassação de vereadores por exemplo.
Proporcionalmente, a base legislativa de Rodrigo Neves na Câmara de Niterói é maior até mesmo que a de Eduardo Paes (PSD), eleito no primeiro turno com mais de 60% dos votos. Na capital, os partidos da coligação do prefeito conquistaram 28 das 51 cadeiras, ou 55% do total.
Eleito neste domingo no segundo turno, Hingo Hammes (PP), novo prefeito de Petrópolis, vai precisar negociar para conseguir maioria nas 15 cadeiras da Câmara. Sua coligação elegeu 7 vereadores, 47% do total.
Domínio do parlamento
Entre as 10 cidades mais populosas do Estado do Rio, o prefeito que deve ter vida mais tranquila na Câmara é Netinho Reis (MDB), eleito em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. As legendas que apoiaram Netinho vão ocupar 90% das 29 cadeiras da Câmara – um total de 26 vereadores. Só três são de siglas da oposição.
Dudu Reina, presidente da Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu e prefeito eleito do município.
Reprodução redes sociais
Percentual semelhante terão Capitão Nelson (PL), com 88% das 27 cadeiras da Câmara de São Gonçalo – onde só 3 serão oposicionistas, e Dudu Reina (PP), eleito prefeito de Nova Iguaçu, onde 20 dos 23 vereadores serão da base, 87% do total.
Oposição forte
A vida promete ser mais difícil para os prefeitos eleitos de Belford Roxo, Marcio Canella (União) e São João de Meriti, Léo Vieira (Republicanos).
Em Belford Roxo, cidade que registrou intensas disputas – inclusive com brigas físicas – na Câmara, 15 das 25 cadeiras serão de oposição ao prefeito eleito, 60% do total.
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Léo Vieira vai encontrar 11 das 16 cadeiras da Câmara de São João de Meriti ocupadas por oposicionistas. Sua coligação conquistou apenas 31% do total.
De todas as 10 maiores cidades, só três têm mais vereadores eleitos pela oposição. Nas outras sete o prefeito eleito conseguiu eleger ao menos mais da metade dos vereadores.
Veja abaixo como vai ficar a disputa entre governo e oposição no legislativo das 10 maiores cidades do RJ:
RIO DE JANEIRO
51 cadeiras no total
Governo – 28 (55%)
Oposição – 23 (45%)
SÃO GONÇALO
27 cadeiras no total
Governo – 24 (88%)
Oposição – 3 (12%)
DUQUE DE CAXIAS
29 cadeiras no total
Governo – 27 (90%)
Oposição – 3 (10%)
NOVA IGUAÇU
23 cadeiras no total
Governo – 20 (87%)
Oposição – 3 (13%)
CAMPOS DOS GOYTACAZES
25 cadeiras no total
Governo – 19 (76%)
Oposição – 3 (24%)
BELFORD ROXO
25 cadeiras no total
Governo – 10 (40%)
Oposição – 15 (60%)
NITERÓI
21 cadeiras no total
Governo – 14 (66%)
Oposição – 7 (14%)
SÃO JOÃO DE MERITI
16 cadeiras no total
Governo – 5 (31%)
Oposição – 11 (69%)
PETRÓPOLIS
15 cadeiras no total
Governo – 7 (47%)
Oposição – 8 (53%)
VOLTA REDONDA
21 cadeiras no total
Governo – 16 (76%)
Oposição – 5 (24%)