Produtor deve ficar atento às diferentes formas de manejo, de acordo com cultura Todas as culturas desenvolvidas no Vale do São Francisco podem se beneficiar do biofilme contra estresse térmico
Aline Oliveira/Vereda Comunica
A tecnologia dos biofilmes produzidos pela empresa portuguesa Tecniferti é uma aliada dos fruticultores do Vale do São Francisco no período de altas temperaturas. A solução que ajuda a reduzir o estresse térmico nas plantas, impactando o desenvolvimento da fotossíntese, pode ser aplicado em qualquer cultura, especialmente nas da uva e da manga, de acordo com a equipe técnica da Seiva do Vale. O momento do ciclo, no entanto, em que essas aplicações são mais eficientes, varia.
Repouso da uva
Na uva, um momento importante para usar a proteção do Humigel é a fase do repouso. Isso se explica porque é no repouso em que não há crescimento vegetativo, mas há acúmulo de reservas de energia para o ciclo produtivo seguinte. Se a planta estiver em condições de trabalhar na produção destas reservas, essenciais para uma boa produtividade no ciclo seguinte, ela chegará muito mais saudável à nova “fase de produção”.
Também é interessante usar o biofilme Humigel na fase de brotação, quando a redução do estresse térmico vai contribuir na qualidade dos cachos formados, no pegamento e na sequência do ciclo.
Maturação da manga
Já na manga, o processo é um pouco diferente, já que uma das fases em acontece a reposição de reservas é a da maturação de ramos, quando há necessidade de nutrir e maturar ao mesmo tempo. Nesta fase, se a planta estiver estressada e não conseguir fazer a fotossíntese adequadamente, o que é afetado pelas altas temperaturas, o acúmulo de reservas não acontece de forma adequada.
A aplicação do biofilme nesta fase ajuda a acumular um bom volume de carboidratos de amido, o que vai gerar uma boa florada, bom pegamento, divisão celular adequada e garantir um fruto uniforme, o que é essencial para quem está no mercado de frutas, especialmente para quem precisa de frutos com qualidade para exportação.
Planejamento e antecipação
Segundo a equipe técnica da Seiva do Vale, no entanto, o produtor deve buscar orientação para aproveitar bem a tecnologia de forma preventiva, evitando ser pego de surpresa por aumentos inesperados da temperatura. É preciso observar bem o campo, analisar as previsões climáticas e o histórico já disponível para tomar decisões de forma mais planejada, evitando perdas previsíveis.