30 de outubro de 2024

Grupo de 38 pessoas vai responder por golpe de R$ 200 mil contra vítimas que tiveram celulares hackeados

Vítimas do Tocantins denunciaram que pessoas se passaram por funcionários de bancos em ligações e esvaziaram contas correntes. Mandados contra suspeitos foram cumpridos em São Paulo. Mandados foram cumpridos por agentes da Polícia Civil
Dicon/SSP-TO/Divulgação
Um total de 38 investigados foram indiciados em quatro inquéritos relacionados a crimes cibernéticos cometidos contra tocantinenses. As vítimas denunciaram prejuízos de mais de R$ 200 mil e a investigação descobriu que o esquema era executado de outros estados. Criminosos se passavam por atendentes e invadiam celulares.
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Os inquéritos concluídos fazem parte da terceira fase da Operação Ghostbusters, realizada no dia 10 de outubro com o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão expedidos por duas varas criminais de Palmas. As ordens foram cumpridas nas cidades paulistas de São Paulo, Praia Grande, Araçatuba, Guarulhos e Ferraz de Vasconcelos.
Segundo a Polícia Civil, a investigação começou em 2022, quando nove vítimas moradoras do Tocantins denunciaram que falsos atendentes de bancos as enganaram e conseguiram limpar suas contas.
A polícia descobriu que os autores aplicavam um golpe conhecido como “Mão Fantasma”. Nesse crime, os envolvidos conseguiam acessar o celular das vítimas de forma remota e por meio de aplicativos, para depois conseguir entrar nas contas bancárias instaladas no aparelho e pegar todo o dinheiro das vítimas.
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O delegado-chefe da DRCC, Lucas Brito Santana, explicou que o grupo criminoso era de São Paulo e que conseguiam as vantagens financeiras come furtos em meio eletrônico e lavagem de capitais.
“Os integrantes destes grupos alimentaram uma extensa rede de contas bancárias, visando à pulverização imediata das vultosas quantias ilicitamente obtidas, ao que empregaram uma série de artifícios para dissimulação da origem dos ganhos, notadamente saques fracionados, transferências sequenciais para beneficiários diversos e utilização de empresas fantasmas ou de fachada”, comentou o delegado.
Na terceira fase da operação, além das buscas, a polícia tinha o objetivo de cumprir ainda quatro mandados de prisão preventiva contra três indivíduos, mas dois deles ainda estão foragidos. Mas houve o bloqueio e sequestro de parte dos valores obtidos grupo nas contas bancárias.
Os 38 indiciados devem responder por crimes de furto eletrônico, lavagem de capitais, corrupção de menores, organização criminosa e/ou associação criminosa. Os inquéritos concluídos foram enviados para a Justiça e Ministério Público.
Orientações
Para evitar cair em golpes pelo celular ou internet, o delegado Lucas Brito falou quais cuidados são essenciais para não ter prejuízos dessa natureza. Mas caso isso ocorra, é preciso reunir documentos que comprovem a situação e ir até a delegacia mais próxima para relatar o crime. A vítima não pode deixar de avisar a instituição financeira da qual é correntista para informar o prejuízo.
Veja os cuidados:
Os bancos jamais entram em contato para solicitar a instalação de aplicativos ou encaminham links para atualização de dados. Em caso de dúvida, sugere-se que o próprio cliente faça contato com a instituição financeira, seja por meio de comparecimento presencial ou através dos canais oficiais;
Nunca instalar aplicativos desconhecidos ou acessíveis por links em mensagens instantâneas, SMS ou e-mails;
Acompanhar com regularidade os extratos bancários, ativando no aplicativo da instituição, se possível, o serviço de notificações em tempo real das transações realizadas;
Criar senhas fortes e não compartilhar com terceiros.
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