Prefeitura de São Vicente (SP) alega que o médico foi afastado do Pronto-Socorro Central da cidade. Homem alega ter sido atacado por médico com arma de choque no PS Central de São Vicente (SP)
Arquivo Pessoal e Alexander Ferraz/A Tribuna Jornal
Um autônomo, de 33 anos, alega ter sido ameaçado e atacado por um pediatra com uma arma de choque no Pronto-Socorro Central de São Vicente, no litoral de São Paulo. Conforme registrado em boletim de ocorrência (BO), a vítima questionou o profissional sobre a posição de atendimento do filho após uma pessoa passar na frente deles na fila. O médico foi afastado da unidade.
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O caso aconteceu no pronto-socorro localizado na Avenida Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, na Vila Margarida, na última sexta-feira (25). Acompanhado da esposa, o autônomo levou o filho até a unidade porque o menino estava “ardendo em febre”.
Em nota, a Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria da Saúde (Sesau), informou que, assim que tomou conhecimento do episódio, solicitou à empresa médica responsável pela contratação dos profissionais da unidade o afastamento imediato do médico envolvido até a total apuração dos fatos pelas autoridades policiais (leia o posicionamento completo mais adiante).
Arma de choque
De acordo com o BO, após o autônomo notar que uma pessoa foi atendida antes do filho, ele foi até o pediatra e perguntou sobre a colocação da criança na fila. No entanto, o profissional disse não ter acesso à informação.
Após um tempo, o homem viu o pediatra sair da sala e foi até ele perguntar quem poderia saber sobre a posição do filho na fila, mas foi ignorado. O autônomo seguiu o médico e repetiu a pergunta, momento em que o profissional disse que “não devia satisfação” a ele.
O pediatra entrou na sala e o autônomo colocou o pé na porta para impedi-lo de fechá-la. Neste momento, segundo o BO, o médico pegou uma arma de choque. O homem tentou sair do local, mas o profissional o puxou pela camiseta e aplicou o choque nele.
A vítima empurrou o médico para tentar se soltar, mas recebeu outro choque. Desta vez, porém, o autônomo conseguiu sair do local. Ainda de acordo com o BO, o pediatra também estava com spray de pimenta, mas não o aplicou porque outros pacientes e acompanhantes começaram a gritar.
Prefeitura e SSP-SP
A Sesau afirmou que o incidente vai contra os princípios de respeito e acolhimento que são fundamentais no atendimento à população e repudia veemente qualquer comportamento que comprometa a humanização e o respeito no atendimento dos munícipes.
Ainda de acordo com a nota, a administração municipal informou que prestará todos os esclarecimentos necessários às autoridades e colaborará com as apurações, e afirmou que trabalha diariamente para que toda a população seja atendida com dignidade, respeito e acolhimento.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso foi registrado como lesão corporal no 2° Distrito Policial da cidade, e que a vítima foi orientada sobre o prazo de 6 meses para formalizar a representação criminal.
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