Conhecida como GLO, essa operação é executada por militares (Exército, Marinha e Aeronáutica) a partir de ordem assinada pelo presidente da República. Reunião de autoridades de segurança do RJ e federais
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Autoridades de segurança pública afirmaram nesta terça-feira (19) que deve ser decretada uma Operação de Garantia de Lei e da Ordem (GLO) para a Cúpula do G20, que será realizada no Rio em novembro.
“A GLO já é uma regra nesses grandes eventos porque o país que é anfitrião de evento. É responsabilidade desse país garantir a segurança. Então, essa GLO vai ser certamente decretada, já tinha sido combinado”, disse o secretário de Segurança do Rio, Victor Santos.
A GLO é executada por militares (Exército, Marinha e Aeronáutica) a partir de ordem assinada pelo presidente da República.
A declaração ocorreu após uma reunião entre autoridades de segurança do estado do Rio e do Governo Federal, para planejar ações integradas em relação a questões de segurança pública no Rio. Entre os temas abordados foi a atuação do Complexo de Israel. Ficou acertada a criação de um grupo de trabalho.
Semana passada, uma ação do tráfico de drogas naquela região colocou a política de segurança na berlinda. Uma operação que contava com o efetivo de um batalhão de área e apoio de unidades regionais não foi capaz de cumprir o objetivo – o estado precisou recuar depois que bandidos decidiram atirar contra a população, matando três pessoas.
Participaram da reunião o secretário nacional de segurança pública, Mário Luiz Sarrubbo e o secretário de segurança do Rio, Victor Santos; da Polícia Civil, Felipe Curi; e da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes.
Na quinta-feira, Cláudio Castro vai se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele deve pedir que o Rio possa gastar mais com Segurança Pública, apesar da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Há um ano, a pedido do governo do estado, o governo federal enviou homens da Força Nacional para o Rio. Eles continuam na cidade. Atualmente, são cerca de 70 homens, que patrulham as principais vias de entrada na cidade.
O pedido veio depois que três médicos foram mortos na orla da Barra. Um traficante confundiu uma das vítimas com um miliciano rival.
Também pesou no pedido de apoio a descoberta, pela Polícia do Rio, de um centro de treinamento de traficantes dentro de um colégio no Complexo da Maré
A operação de semana passada expôs outro território da cidade inacessível para as polícias, serviços e parte da população – o Complexo de Israel.
Lá, quem dá as cartas é Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, traficante que vive num resort de luxo dentro da favela e tem sete mandados de prisão em aberto – mas que nunca foi preso. Nesta segunda, ele passou a ser investigado por terrorismo.