30 de outubro de 2024

Prefeitura encontra três sítios arqueológicos durante obra no calçadão do Centro Histórico de SP


Um deles é formado por fundações de edificações históricas da primeira metade do século 20, onde também foram encontrados fragmentos de cerâmica colonial e portuguesa, possivelmente do século 18. Iphan foi acionado. Calçadão do Centro da capital paulista
Reprodução/TV Globo
A Prefeitura de São Paulo afirmou, nesta terça-feira (29), que encontrou três sítios arqueológicos nos calçadões do Triângulo Histórico, no Centro da cidade, que estão sendo reformados desde 2023.
O primeiro, localizado na Rua Senador Paulo Egídio, é formado por fundações de edificações históricas da primeira metade do século 20, onde também foram encontrados fragmentos de cerâmica colonial e portuguesa, possivelmente do século 18.
Na Rua Quintino Bocaiúva, foram identificadas edificações históricas da primeira metade do século 20 e uma estrutura que possivelmente fazia parte de uma canalização hídrica de período ainda não identificado.
O terceiro sítio revelou antigos trilhos de bondes do sistema de transporte da companhia Light, situados na Rua José Bonifácio e na Praça Padre Manoel da Nóbrega.
Segundo a Prefeitura, por meio da SPObras, o Iphan foi comunicado e já realizou vistorias nos locais.
Reforma calçadas
Em janeiro de 2023, a Prefeitura de São Paulo deu início a uma nova fase da reforma das calçadas de ruas do Centro antigo. A exéctativa era a de que a obra durasse 22 meses com o objetivo melhorar a acessibilidade e facilitar a manutenção. Mas, para isso, as conhecidas pedras portuguesas, símbolos da região, começaram a ser trocadas por placas de cimento.
A ideia de substituir o calçamento do Centro começou na gestão de Fernando Haddad (PT), foi retomada por João Doria, então no PSDB, e voltou com Ricardo Nunes, do MDB. A previsão é refazer 63 mil metros quadrados de calçadas em 23 ruas, a um custo que pode chegar a R$ 80 milhões.
A principal mudança trazida pela reforma será o fim do piso de pedras portuguesas, que se tornou um símbolo do Centro.
Elas começaram a chegar à cidade no início do século passado, vindas de Lisboa. Há 50 anos, na década de 70, foram usadas em larga escala para trocar o calçamento da região. As pedras são de calcário e basalto, um material muito resistente, e que também é permeável à água da chuva, se for bem instalado, mas precisa de manutenção. Segundo a prefeitura, depois de retiradas, elas serão trituradas e usadas na reforma.
Como deve ficar o calçadão do Centro Histórico de São Paulo
Divulgação/Prefeitura de SP

Mais Notícias