1 de novembro de 2024

Piracicaba tem outubro com menos dias de chuvas dos últimos cinco anos, aponta Esalq-USP


Em 2024, o mês teve apenas 8 dias com precipitações, segundo o Posto Meteorológico da universidade, com volume total de 99,4 mm de chuvas. Média histórica é de 109 mm.
Piracicaba tem outubro com menor soma de dias com chuvas desde 2020, aponta Esalq-USP.
Claudia Assencio/g1
A um dia do fim do mês, Piracicaba (SP) tem um outubro com menor soma de dias com chuvas desde 2020. Neste ano, foram apenas oito dias com registro de precipitações, conforme apontam as medições do Posto Meteorológico Jesus Marden do Santos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), o campus da Universidade de São Paulo (USP) na cidade.
A média histórica para o volume de chuvas no mês de outubro em Piracicaba é de 109 milímetros, segundo dados do Posto Meteorológico da Esalq. Até está quarta-feira (30), a cidade tinha registrado 99,4 milímetros de precipitações. O maior volume concentrado na segunda quinzena do mês.
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A Estação Convencional do Departamento de Engenharia de Biossistemas (LEB) apontava que a cidade registrava 33 milímetros de chuvas até o último dia 23 de outubro.
🌧️Veja abaixo, a relação de dias com chuvas nos meses de outubro entre 2020 e 2024.
Em 2023, a cidade registrou dez dias com chuvas em outubro e, em 2022, foram 12 dias com precipitações.
Dias com chuvas – de 1 a 30 de outubro
Histórico
Ainda que o volume de chuvas registrado em outubro deste ano ainda não supere a média histórica esperada para o período, um ranking feito a pedido pelo LEB-Esalq, a pedido do g1, aponta o décimo mês de 2024 está longe de ter tido o pior balanço de precipitações desde que a Estação iniciou as medições, em 1917. – Veja na tabela, abaixo.
As chuvas que atingiram Piracicaba (SP) entre os dias 23 e 25 de outubro modificaram o cenário do leito do rio que leva o nome da cidade na região da Rua do Porto, mas ainda não tinham sido suficientes para alcançar a média de chuvas esperadas para outubro.
Primeira quinzena de outubro
Até o fim da primeira quinzena do mês, as pedras aparentes e a presença de aguapés no manancial denunciavam o baixo nível e vazão menor do que a esperada para este período do ano.
Histórico de Volume Parcial de Chuvas registrado em outubro entre 1917 e 2024
Rio Piracicaba
Dados do boletim diário da Sala de Situação do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), apontam que o índice de chuvas, acumulado no leito do manancial que corta a cidade desde o primeiro de dia outubro até esta quarta-feira (30), era de 63,25 milímetros, a marca equivale a 70,8% da média esperada para o período, que é de 89,30 milímetros na região.
A vazão do Rio Piracicaba no dia 30 de outubro era de 51,38 mil litros de água por segundo (m3/s). o valor é 25 % abaixo da média histórica para outubro, de 68,88 m3/s.
Chuvas modificam cenário de pedras e aguapés no Rio Piracicaba, mas não alcançam média esperada para outubro
Edijan Del Santo/EPTV
O nível do Rio Piracicaba segue abaixo 5% abaixo da expectativa para o período nesta quarta-feira (30), com 1,45 metro de profundidade. A média para outubro é de 1,53 metro.
O cenário reflete os números da Sala de Situação das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), a partir de dados online do Sistema de Alertas a Inundações de São Paulo (Saisp) e medições diárias do Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee) do Estado de São Paulo.
Vista do Rio Piracicaba em 15 de outubro de 2024
Beatriz Bisan/g1
Aguapés no Rio Piracicaba
As chuvas acumuladas registradas em Piracicaba mudaram o cenário do leito do manancial. No início de outubro, o Rio apresentava predominância de plantas aquáticas na região da Rua do Porto e Ponte do Mirante, que chamava atenção de quem passava pelo trecho.
A presença de aguapés na superfície do leito, além das pedras aparentes que denunciavam nível crítico, é uma das evidências de que oxigenação da água e a poluição do manancial são alarmantes. O cenário pode provocar mortandade de peixes, conforme alerta pesquisador da USP. 📝Entenda por aqui.
Acúmulo de aguapés não é bom sinal, segundo especialista
Edijan Del Santo/ EPTV
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