31 de outubro de 2024

Cemitérios Araçá e Santo Amaro, em SP, mapeiam túmulos e têm sistema de geolocalização de jazigos


No total, as duas unidades têm 26 mil túmulos. O trabalho de digitalização está previsto no contrato com a Prefeitura de São Paulo. Mais facilidade para encontrar túmulos no cemitério
Os cemitérios Santo Amaro e Araçá, na capital, mapearam seus 26 mil túmulos e passaram a ter um serviço de geolocalização dos jazigos.
A concessionária responsável pela administração dos locais, a Cortel SP, digitalizou 350 mil documentos das duas unidades entre livros mortuários e certidões de óbitos. O trabalho de digitalização está previsto no contrato com a Prefeitura de São Paulo.
A concessionária quer estimular que as famílias e responsáveis pelos jazigos realizem o recadastramento e atualização dos dados.
Geolocalização
Um dos objetivos, segundo a concessionária, é que familiares e entes consigam localizar as sepulturas buscando pelo nome do falecido ou número do terreno. Ao digitar essas informações, o sistema traz uma página com dados, fotos, um mapa com a localização exata e a atual situação do jazigo.
O mapeamento feito pela Cortel SP também é uma forma de catalogar os túmulos em mau estado. Cerca de 750 estão em situação de abandono no Cemitério Santo Amaro, na Zona Sul. Esses jazigos já receberam um cartaz de aviso para que as famílias façam a limpeza e recuperação, já que elas são as responsáveis pela conservação.
Aviso colocado pela concessionária Cortel SP no Cemitério Santo Amaro
Reprodução/TV Globo
“Se não vier, eles vão perder o jazigo, e aí nós temos que fazer exumações, colocar os restos mortais, claro que tem todo um trabalho ‘ah, não veio, retoma’. Tem um trabalho de publicação em diário oficial, jornal de grande circulação, tem um prazo de seis meses. Para nós não é interessante retomar jazigo, isso não é importante, importante é localizar a família”, disse Ricardo Pólito, diretor de cemitérios da Cortel SP.
O recadastramento pode ser feito na administração do cemitério ou no site da concessionária.
Os cemitérios Dom Bosco, São Paulo e Vila Nova Cachoeirinha, também administrados pela Cortel SP, podem ter os túmulos mapeados até maio de 2025
Geolocalização da Cortel SP em cemitérios da capital
Reprodução/TV Globo
O trabalho de digitalização está previsto no contrato da Prefeitura de São Paulo com as quatro concessionárias responsáveis pela administração dos cemitérios na capital.
A Velar disse que instalou totens com mapas nos cinco cemitérios que administra: Freguesia do Ó, Itaquera, Penha, São Luiz e Vila Alpina.
O Grupo Maya, responsável pelos cemitérios do Campo Grande, Lageado, Lapa, Parelheiros e da Saudade disse que já digitalizou todos os livros de registros.
A Consolare, que administra seis cemitérios municipais, disse que instalou qr-codes nas lápides com dados e histórico dos falecidos – e que também está desenvolvendo um sistema de geolocalização, ainda sem previsão de implementação.

Mais Notícias