Dados do Caged mostram saldo de vagas com carteira assinada na cidade que, embora menor que o registrado no mesmo período de 2023, indica mudanças nas características da geração de emprego, segundo economista do Observatório PUC-Campinas. Carteira de trabalho
Geraldo Bubniak/AEN
Com grande impulso da construção civil e estabilidade no setor de serviços, Campinas (SP) criou 1.247 novos postos de trabalho com carteira assinada em setembro. Os dados são Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados nesta quarta-feira (30).
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Embora em volume menor que o registrado no mesmo período de 2023, quando a metrópole teve saldo de 1.723 vagas, os números atuais mostram uma estabilidade no mercado de trabalho.
“É uma continuidade do movimento positivo. Os dados do IBGE continuam mostrando que o mercado de trabalho nacional está numa fase boa, com redução na taxa de desemprego. Isso mostra um vigor na economia, ainda que os dados do mercado de trabalho formal estejam relativamente estabilizados, vale destacar que o mês de setembro não tem grandes expectativas no fluxo de geração de emprego, e ainda sim teve geração positiva”, explica a economista Eliane Navarro Rosandiski.
A professora que integra o Observatório PUC-Campinas avalia que o atual cenário também indica mudanças na geração de emprego na cidade.
Com 401 contratações a mais do que demissões, a construção civil foi o segundo entre os cinco grandes setores analisados pelo Caged que mais contratou em Campinas no mês de setembro. Para efeito de comparação, no mesmo mês do ano anterior, houve fechamento de 89 vagas na área.
“Em Campinas a gente continua com um impulso interessante na construção civil, responsável por 32% dessas vagas. E pela força decorrente da estratégia imobiliária na cidade, o setor ainda vai oferecer muito emprego”, pontua.
Um cenário que vai de encontro a dados do Censo 2022, que mostram expansão do mercado imobiliário na cidade.
Um em cada 5 lares tem apenas um habitante em Campinas, índice acima do nacional
Um em cada 5 lares em Campinas tem apenas um habitante, e na avaliação de Roberto Luiz do Carmo, pesquisador do Núcleo de Estudos de População (Nepo), da Unicamp, os fatores que explicam esse aumento provocam esse aumento na demanda na construção civil.
Sobre o setor de serviços, que é o responsável pela maior parcela dos empregos na cidade, Eliane avalia os números como de estabilidade, ainda com um certo impulso de contratações por demandas da indústria – essa, no entanto, mantém um momento positivo.
Embora o número de contratações na indústria em Campinas tenha sido relativamente pequeno em setembro, com saldo positivo de 71 vagas, vale lembrar que há um ano houve retração, com 89 demissões a mais que contrataçoes.
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