Câmara Municipal de São Paulo concede honraria à artista, coautora da música ‘São Paulo – SP’. ♫ ANÁLISE
♪ Fernanda Abreu é natural do Rio de Janeiro (RJ) e traduz a alma e a vivência cariocas na discografia solo iniciada em 1990 e mesmo antes na fase em que integrava a banda Blitz. Contudo, a eterna garota carioca de 63 anos já virou uma entidade urbana nacional.
Por isso, é justo, é muito justo, é justíssimo que Fernanda Abreu ganhe o título de cidadã paulistana. Aprovada ontem, 29 de outubro, pela Câmara Municipal de São Paulo a honraria está em sintonia com a obra de uma cantora e compositora que tem no repertório uma música intitulada São Paulo – SP (2000).
Nesta parceria da artista com Fausto Fawcett, Carlos Laufer e Liminha, apresentada há 24 anos no álbum intitulado justamente Entidade urbana (2000), Fernanda Abreu canta o desvario da pauliceia em versos como “No eterno cinema da visão paulista / Tá tudo engarrafado como cão engabelado / Pela chinfra da inocência fulminante do olhar que vê Sao Paulo”.
Por ter caracterizado a cidade de São Paulo (SP) como “o umbigo tropical do atlas nacional”, mas não somente por isso, Fernanda Abreu merece ser condecorada com o título de cidadã paulistana. Até porque o suingue sangue bom também está nas quebradas do funk e do rap de São Paulo.
Fernanda Abreu sempre teve olhar aguçado para a música urbana. Pioneira do pop dançante no Brasil, a artista sempre fez show em Sampa com regularidade em atestado de que, por mais que a obra da artista tenha alma carioca, ela atravessa fronteiras e também se comunica com a ebulição da pauliceia.