6 de novembro de 2024

Equipe do Ministério da Igualdade Racial realiza visitas técnicas em Afrotecas de Santarém


O objetivo das visitas, que acontecem entre esta quinta-feira (31) e sexta-feira (1º), é conhecer mais de perto os espaços dedicados à educação antirracista. Ministério da Igualdade Racial elogia projeto das Afrotecas como estratégia pioneira de educação antirracista para a infância em Santarém
Fabricio Damasceno
O município de Santarém, no oeste do Pará, está recebendo uma equipe do Ministério da Igualdade Racial (MIR) para uma série de visitas técnicas às afrotecas. O objetivo das visitas, que acontecem entre esta quinta-feira (31) e sexta-feira (1º), é conhecer mais de perto os espaços dedicados à educação antirracista, entender suas atividades e desafios, e avaliar como o ministério pode apoiar a continuidade e expansão desses projetos.
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A programação das visitas técnicas incluiu, na quinta-feira (31), a Afroteca Willivane Melo no MPPA, a Amoras no CEMEI Paulo Freire, e a Curumim no campus Tapajós da Ufopa. Nesta sexta-feira (1), estão previstas as visitas à Afroteca Lelê no CEMEI Maria Raimunda Pereira de Sousa e à Sankofa no CEMEI Antônia Corrêa e Sousa.
Vanessa Machado, diretora substituta das ações afirmativas do MIR, destacou a importância da visita. “Desde que conhecemos o projeto das Afrotecas, entendemos ele como uma estratégia de educação antirracista muito potente em relação à primeira infância. Viemos até aqui para conhecer as afrotecas que já existem, entender a metodologia no território, as pessoas que têm trabalhado com essa metodologia e os materiais que são utilizados”, afirmou.
Ela também revelou que há planos para a ampliação do projeto em parceria com a Ufopa. “Já foram descentralizados alguns recursos, e seis novas afrotecas passarão a existir a partir do ano que vem aqui na região de Santarém”, completou.
As afrotecas, desenvolvidas pelo Grupo de Pesquisa Afroliq da Ufopa em 2022, são compostas por livros, jogos e instrumentos musicais que ajudam a promover a educação antirracista. Segundo o coordenador do projeto, Prof. Luiz Fernando de França, os desafios estão na manutenção e atualização dos materiais e na formação continuada dos profissionais. “Trabalhar uma educação com esse nível de profundidade exige investimento contínuo e apoio institucional, que esperamos fortalecer com essa visita do Ministério”, pontuou.
A diretora Vanessa Machado reforçou o caráter pioneiro das afrotecas como modelo a ser replicado em outras regiões do país.
“Estamos muito satisfeitos com a possibilidade de expandir essa iniciativa que é tão importante para o combate ao racismo na infância. As afrotecas são uma estratégia relevante para tratar da questão racial e do antirracismo desde a infância”, finalizou.
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