2 de novembro de 2024

Servidor é suspeito de favorecer empresa de alimentação hospitalar em casos no MPDFT


Segundo polícia, investigado era chefe de gabinete da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do MP. Polícia Civil faz operação contra favorecimento de renovação de contrato no Iges-DF
PCDF/Reprodução
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (1º), uma operação contra o então chefe de gabinete da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (PROSSUS) do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT). Os agentes cumprem um mandado de busca e apreensão na residência do investigado.
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Segundo as investigações, ele é suspeito de receber dinheiro para defender os interesses de uma empresa de alimentação hospitalar no âmbito de suas funções exercidas na 1ª PROSSUS. A TV Globo apurou que o servidor, atualmente, está lotado na Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em agosto desse ano, a polícia apontou que a empresa Salutar recebeu suposto favorecimento no contrato de fornecimento de alimentos aos pacientes das unidades de saúde administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF).
Segundo a Polícia Civil, os suspeitos podem responder pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de capitais. Se condenado, eles podem pegar até 30 anos de prisão.
A operação desta sexta é coordenada pela Delegacia de Repressão à Corrupção vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (DRCOR/DECOR) e tem apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, por intermédio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (PRODEP).
‘Operação Escudero’
A primeira fase da operação foi deflagrada em agosto deste ano. Segundo a polícia, houve suposto favorecimento no contrato de fornecimento de alimentos aos pacientes das unidades de saúde administradas do Iges-DF.
As investigações apontam que o serviço é prestado de forma precária:
há falta de insumos;
atrasos nas entregas;
carência de equipamentos adequados à produção de alimentos.
O contrato vigente tem validade até o final de julho de 2025 e o valor ultrapassa R$ 300 milhões. Segundo apuração da TV Globo, os suspeitos são Caio Valério Gondim Reginaldo Falcão, diretor vice-presidente do Iges-DF; e Antônio Carlos Garcia Martins Chaves, diretor de administração e logística do instituto — os dois foram afastados do cargo temporariamente após reunião extraordinária, na tarde desta quarta, presidida pela secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
A empresa investigada é a Salutar, e o seu responsável, Valdenis Barbosa da Silva.
Em nota, o Iges disse que aguarda o andamento das investigações e que vão fornecer “todas as informações necessárias para o esclarecimento dos fatos”. A Salutar afirmou, também em nota, que “recebeu com surpresa” a operação da Polícia Civil e que colabora “para que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos”. Caio Valério preferiu não se pronunciar e a reportagem não conseguiu contato com Antônio Carlos.
“Especialmente considerando que, aproximadamente há um mês, a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do MPDFT (Prosus), durante uma reunião de prestação de contas, destacou os avanços significativos que implementamos na gestão do contrato. Reafirmamos nosso compromisso com a ética e a legalidade em todas as nossas ações e continuaremos trabalhando para garantir que nossos serviços atendam aos mais altos padrões de qualidade e segurança”, diz a Salutar.
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