26 de dezembro de 2024

‘É angustiante não ter uma resposta’, diz filha de idosa com Alzheimer que desapareceu há um ano em Tremembé, SP

Maria Mendes da Fonseca Pinto desapareceu no dia 30 de março de 2023, no bairro Jardim Santana, no assentamento da Conquista. Um ano após o sumiço, a família ainda segue sem respostas sobre o paradeiro da idosa. Idosa está desaparecida em Tremembé (SP)
Arquivo pessoal
Neste sábado (30) completa um ano do desaparecimento da idosa Maria Mendes Fonseca Pinto. Moradora de Tremembé, cidade do interior de São Paulo, a mulher sofre de mal de Alzheimer e foi vista pela última vez no dia 30 de março de 2023, na época com 83 anos.
Desde o desaparecimento de Maria, amigos, familiares e a polícia se mobilizaram para encontrá-la. Mesmo um ano sem ter notícias ou atualizações sobre o caso, a família da idosa conta não ter pistas sobre o paradeiro da mulher.
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Em entrevista ao g1, Nilceia Mendes, filha de Maria, afirmou que a esperança de localizar a mãe tem diminuído com o passar dos dias, mas que os familiares seguem tentando encontrar a idosa. Para ela, é angustiante ficar tanto tempo sem notícias da idosa e sem saber se ela está bem.
“Eu acho que minha mãe pode ter saído sozinha, mas se ela tivesse, ela não teria ido muito longe, porque mesmo com Alzheimer, ela estava muito consciente”, lembra.
“Eu achava que ela tinha fugido por negligência, depois a polícia começou a suspeitar de crime. Nós procuramos (por ela) e nada. É muito angustiante não ter uma resposta”, conta Nilceia.
Desaparecimento de idosa em Tremembé completa um ano.
Arquivo pessoal
Ainda segundo a filha, a família não tem recebido novas pistas sobre o que houve com a idosa. Ela alega que aguarda há nove meses pelo resultado de um exame de DNA coletado pela Polícia Civil, mas que, até o momento, não houve atualização sobre os exames.
Sem qualquer notícias da mãe e com o tempo que se passou, Nilcéia tem dificuldades em acreditar que Maria possa estar viva. No entanto, ela segue em buscas de respostas, pois enquanto não encontrar a mãe e descobrir o que aconteceu, não conseguirá ter paz.
“A maioria da família não acredita que ela vai estar viva, inclusive eu. Eu não consigo firmar uma expectativa para que ela esteja viva”, lamentou.
O g1 procurou a Secretaria de Segurança Pública e o delegado responsável pelo caso, para atualizar o andamento das investigações e entender o motivo da demora alegada pela família para sair o resultado do exame de DNA, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
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O caso
Maria Fonseca desapareceu no dia 30 de março. Inicialmente, as buscas se concentraram em uma área de mata próximo à residência onde a família mora, no bairro Jardim Santana, no assentamento da Conquista.
Segundo o filho da idosa, ela havia se levantado pela manhã e saído, mas não foi mais encontrada. Ela já havia se perdido em outras ocasiões devido ao Alzheimer, mas nas outras vezes foi rapidamente encontrada.
Polícia não encontra vestígios de idosa desaparecida em Tremembé.
Divulgação/Polícia Civil
À época, havia informações de que a idosa foi vista perto da região onde reside. O Corpo de Bombeiros, então, assumiu os trabalhos iniciais de buscas ao longo de cinco dias, com equipes terrestres e utilização de drones. Como não houve nenhum sinal sobre o paradeiro de Maria, a Polícia Civil assumiu o caso.
Em maio do ano passado, uma mulher de 47 anos e o filho dela, um jovem de 19 anos, foram presos em Tremembé, suspeitos de terem participação no desaparecimento de Maria. A prisão temporária dos dois foi feita por policiais civis do Setor de Investigações Gerais (SIG), da Polícia Civil de Tremembé.
Polícia não encontra vestígios de idosa desaparecida em Tremembé
No fim de maio, a Polícia Civil realizou buscas em conjunto com a Guarda Civil Municipal de São Paulo, utilizando cães farejadores. A operação aconteceu durante toda a manhã na casa onde a idosa morava com a nora e em área de mata próxima ao local.
As buscas foram encerradas ainda em maio. A família segue mobilizada para ter pistas sobre o paradeiro da idosa. Nas redes sociais, com cartazes e no ‘boca a boca’ com moradores da cidade, o sumiço segue sendo lembrado com o apelo para encontrar Maria.
Polícia usa cães farejadores na casa onde idosa de 83 anos morava em Tremembé, SP.
Divulgação/Polícia Civil
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