Personalidade conhecida no meio cultural do Amapá, morreu neste sábado (30). Família não divulgou a causa. Alan Cruz, morreu neste sábado (30), em Macapá, aos 31 anos.
Redes sociais/reprodução
O sábado de aleluia é um momento de celebração para os grupos de Marabaixo do Amapá, afinal é onde inicia o tradicional Ciclo. Mas nesta manhã de sábado (30), o batuque do tambor dá espaço ao lamento pela morte do presidente do grupo Marabaixo da Juventude, Alan Cruz, aos 31 anos.
A família de Alan não divulgou as causas da morte que aconteceu em Macapá.
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A partida do marabaixeiro relembra a ancestralidade que o movimento carrega. Mesmo não estando mais de corpo presente, os versos por ele escritos em vida devem seguir entoando a cultura negra no Estado.
Conhecido como ‘Djavan, o nosso Gogó de Ouro’, Alan passeava por vários barracões, desde a favela no bairro do Santa Rita, seu berço de criação, às comunidades da área rural do Amapá.
A notícia da morte tomou conta das redes sociais desde as primeiras horas deste sábado. Internautas lamentaram a partida de Alan e relembraram o seu jeito ao participar das rodas de Marabaixo.
“Sem acreditar. Tão jovem, talentoso e simpático. Amava ouvi-lo cantar. Uma perda inestimável para o Amapá”, descrevia um comentário.
Fábio Sacaca, amigo pessoal de Alan e um dos coordenadores do Marabaixo da Juventude, contou ao g1 que conheceu o marabaixeiro ainda jovem. Para Fábio, o que fica é o legado de amor e dedicação de Alan.
“Neste momento de dor o que fica são as lembranças. Ele sempre foi muito ativo e alegre por onde passava, nós trabalhávamos lado a lado para levar e manter essa tradição entre os jovens. Agora ele vai ser mais uma estrela guia para a gente”, lamentou Fábio.
Representantes do grupo Marabaixo da Juventude
Fábio Sacaca/Divulgação
A presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos, publicou uma nota de pesar. (Veja nota na íntegra no final desta matéria).
Não foram divulgadas informações sobre o local do velório de Alan.
Veja nota na íntegra
“No marabaixo é assim, cada canto tem sua história, cada quilombo tem jeito e cada preto tem sua prosa…” Alan Cruz, foi exatamente tudo isso!
Com sua voz potente cantou a nossa ancestralidade no Laguinho, na Favela, no Igarapé do Lago e nos muitos quilombos como São Tomé do Alto Pirativa era a voz jovem e forte do marabaixo.
O Marabaixo do Amapá acordou sem acreditar que justamente hoje iria marabaixar sem nosso “Djavan… nosso Gogó de Ouro”, sua voz calou-se no sábado de aleluia, 30 de março de 2024.
Aos 31 anos, faleceu o cantador Alan da Cruz Loureiro, presidente do grupo Marabaixo da Juventude.
Hoje, dia da abertura do Ciclo do Marabaixo 2024, as caixas irão tocar em tom de lamento, para reverenciar o legado de Alan, que apesar de jovem escreveu sua história na divulgação e valorização da cultura marabaixeira.
Que nossos ancestrais lhe recebam em festas, que as caixas rufem para dizer que sentiremos sua falta e que jamais esqueceremos de sua história.
Sua ancestralidade vinha de Igarapé do Lago, mas os ladrões (versos) compostos e cantados, encantavam o Amapá inteiro.
Que Deus conforte os corações de familiares e amigos.
Presidente Josilana Santos
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