O candidato republicano disse que, se ganhar, vai dar um ultimato à presidente mexicana, Claudia Sheinbaum: ou o México impede que imigrantes entrem nos Estados Unidos atravessando a fronteira ou Donald Trump vai taxar em 25% todos os produtos mexicanos. Donald Trump foca em promessas de campanha na reta final antes das eleições americanas
Nesta terça-feira (5), os Estados Unidos vão eleger o 47º presidente do país ou a 47ª presidente. E o Jornal Nacional acompanha mais esse momento histórico do lugar em que tudo está acontecendo. William Bonner se juntou a jornalistas do mundo todo em Washington.
A presença de jornalistas em Washington e outras cidades americanas se dá porque essa é uma eleição particularmente importante. Basta lembrar que a maior potência militar do mundo se encontra em um momento muito tenso nas relações com a Rússia, por exemplo, com a China. A pessoa que ocupar a presidência vai precisar lidar com isso, mas também vai precisar lidar com a inflação no país. Medidas de combate à inflação nos Estados Unidos têm reflexos na economia de todo o planeta. Enfim: eleição americana é assunto de interesse planetário.
Nesta segunda-feira (4), véspera de votação, os candidatos procuraram se concentrar em estados que são fundamentais para ganhar a disputa. Veja como foi a agenda do candidato republicano.
Donald Trump estava menos combativo do que domingo (3). Menos de 24 horas depois do discurso em que acusou o Partido Democrata de tentar roubar a eleição, nesta segunda-feira (4), Trump focou nas promessas de campanha. O ex-presidente estava com a voz rouca e andando mais lento.
O último dia da campanha de Donald Trump foi cheio. A primeira parada foi na Carolina do Norte, estado onde Trump venceu em 2016 e 2020, mas as pesquisas de intenção de votos mostram empate técnico em 2024.
Na véspera da eleição nos EUA, Trump passa pela Pensilvânia e foca no voto latino
Jornal Nacional/ Reprodução
Aos apoiadores, Trump disse que, se ganhar, vai dar um ultimato à presidente do México, Claudia Sheinbaum, logo no primeiro dia de governo: ou o México impede que imigrantes entrem nos Estados Unidos atravessando a fronteira ou Trump vai taxar em 25% todos os produtos mexicanos.
De lá, Trump foi a dois comícios na Pensilvânia, em áreas onde ele perdeu nas duas últimas eleições. O estado é considerado chave para a vitória nesta eleição, e os dois candidatos estão empatados. Trump passou em Pittsburgh e Reading, que têm um grande percentual de eleitores latinos.
Depois do último comício, a atenção vai ser voltada para os centros de votação. Trump vai dormir na Flórida na noite desta segunda-feira (4). Na terça-feira (5), vai votar e acompanhar a apuração dos votos de Palm Beach. E os apoiadores dele já começaram a chegar.
Britney viajou 50 km até a porta de onde Trump mora para demonstrar apoio ao candidato. Mary nem precisou sair de casa. A republicana mora em frente ao resort onde vive Trump. Decorou toda a residência com bandeiras e fotos do republicano e não se importou com os vizinhos que colocaram placas para Kamala Harris.
“Os fundadores desse país também não estavam 100% de acordo. Parte de ter um país constitucional e ter opiniões diferentes e as pessoas serem capazes de se comunicar”, diz.
Quatro comícios em um dia
Apoiadores de Donald Trump
Jornal Nacional/ Reprodução
Na Flórida, a correspondente Raquel Krahenbühl trouxe informações sobre os próximos passos do candidato republicano.
Antes de voltar para a Flórida, Donald Trump ainda faz um comício em Michigan, outro estado decisivo, à meia-noite e meia no horário de Brasília. Foi lá também que ele encerrou as campanhas de 2016 e 2020. O quarto comício de Trump nesta segunda-feira (4).
Ele esteve na Pensilvânia, em Pittsburgh, e, mais cedo, falou em Reading, também na Pensilvânia, que tem muitos eleitores latinos. Falou por 80 minutos. Voltou a culpar os imigrantes que entram ilegalmente por uma suposta onda de crimes.
A correspondente Raquel Krahenbühl conversou com o diretor de comunicação para os eleitores latinos da campanha de Trump, Jaime Florez.
“Nós achamos que as pessoas vão votar pensando na economia. A economia tem sido um desastre na administração de Harris e Biden, as pessoas não podem pôr comida na mesa das famílias. Isso é o que vai levar as pessoas a votar. Não vai ser nem o tema do aborto, que é importantíssimo, sem dúvida, mas não é fundamental nessa eleição. Também o tema de se alguém tem melhor sendo de humor do que o outro, e fez uma piada no comício de alguém, não tem a maior importância. O que realmente importa é a economia. Depois disso, naturalmente, o tema da fronteira, e depois o tema da criminalidade, que vem aumentando nos centros urbanos dos Estados Unidos com grandes números. Então, é o que realmente importa, o fundamental para as pessoas, e não aquelas coisas passageiras de uma piada de mau gosto”, afirma Jaime Florez.
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