6 de novembro de 2024

Santarém volta a registrar poluição por fumaça densa nesta quarta, 6


No domingo (3) a cidade também amanheceu sob um manto de fumaça densa que comprometeu a visibilidade e a qualidade do ar na cidade. Fumaça densa em Santarém-PA
Kamila Andrade/g1
Quem precisou sair cedo de casa nesta quarta-feira (6) foi surpreendido por uma nuvem densa de fumaça na cidade. Moradores da grande área área da Nova República, relataram em redes sociais que mal dava para ver os edifícios na descida pela avenida Sérgio Henn rumo ao Centro da cidade de Santarém, oeste do Pará.
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Situação semelhante foi registrada na manhã do último domingo (3). A fumaça densa, além de comprometer a visibilidade e exigir maior atenção de condutores de veículos, prejudica a qualidade do ar e agrava problemas respiratórios. Ao respirar o ar poluído por fumaça, as pessoas sentem irritação nos olhos, nariz e garganta.
No bairro Santarenzinho, moradores evitaram usar o campinho de futebol devido à fumaça
Kamila Andrade/g1
Crianças e idosos são os mais que mais dão entrada na Unidade de Pronto Atendimento 24H (UPA 24H) em razão de crises de asma, bronquite e outras doenças respiratórias agravadas pela fumaça que encobre a cidade.
Segundo especialistas, essa fumaça é resultado de queimadas na região, situação que é agravada pela estiagem prolongada.
Agravamento de queimadas
No dia 17 de setembro de 2024, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), decretou situação de emergência em razão do agravamento das queimadas e da seca no estado. A medida levou em consideração a estiagem prolongada que tem afetado diversas regiões, reduzindo os níveis de água em reservatórios, rios e aquíferos.
O decreto declarou situação de emergência de nível 2 em todo o território paraense, em virtude da estiagem e de seus desdobramentos, como os incêndios florestais em parques e áreas de proteção ambiental (APA), além de outras áreas de preservação, tanto nacionais quanto estaduais e municipais. Os incêndios em áreas não protegidas também prejudicam a qualidade do ar.
Na região do Baixo Amazonas, apesar do decreto, queimadas continuam sendo registradas com frequência. Para se ter uma ideia, no último fim de semana do mês de outubro, o Corpo de Bombeiros de Santarém registrou 10 chamadas para conter incêndios na área urbana do município.
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