6 de novembro de 2024

Num “novo mundo” de energia elétrica, Itaipu se atualiza


Empresa ajuda na transição energética justa e inclusiva do País. Neste ano de 2024, em que se comemora o aniversário de 50 anos de criação da Itaipu Binacional, a data marca a consolidação da importância da hidrelétrica para o mundo não só pelo seu negócio em si, que é a própria produção de energia elétrica limpa e renovável, mas também pelos seus investimentos em pesquisas e inovação da agenda verde.
A experiência da Itaipu Binacional no desenvolvimento de tecnologias voltadas à produção de energia limpa, como o biogás e o hidrogênio verde, tem feito da hidrelétrica uma protagonista no setor, juntamente com o Governo Federal. Além de colocar em prática a atualização tecnológica de seus equipamentos, a empresa ajuda na transição energética justa e inclusiva do País.
Embora continue sendo estratégica para a segurança energética do Brasil e Paraguai, a usina de Itaipu aos poucos muda sua configuração dentro do setor elétrico brasileiro. A transição energética no País, com a entrada de novas fontes de eletricidade no sistema, em especial a produzida por usinas eólicas e solares, faz de Itaipu uma grande reserva técnica para o setor. A usina binacional funciona como uma espécie de “bateria”, que pode ser acionada a qualquer tempo e hora, com robustez. A hidrelétrica garante a chamada “energia assegurada”.

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“A entrada de outras fontes renováveis, principalmente eólicas e solares, empurra a Itaipu para outro papel”, explica a área técnica de Itaipu. Como o Sistema Interligado Nacional precisa usar a energia solar e eólica no momento em que estão produzindo, isto é, quando há disponibilidade de vento e sol, o Operador Nacional do Sistema (ONS) avalia o panorama diariamente, para tomar a decisão de como completar a carga necessária para atender o consumo do Brasil.
A primeira opção é utilizar as termas inflexíveis, movidas a gás natural, por serem usinas com características especiais de partida, parada e rampeamento rápido, qualidades fundamentais para momentos em que as renováveis não conseguem dar conta da carga. A seguir, entra a carga das hidrelétricas, entre as quais Itaipu tem papel preponderante.
Quando acompanham o painel do ONS, os técnicos às vezes percebem que a produção de Itaipu utilizada é uma carga pequena, entre 3 mil megawatts-hora (MWh) e 6 mil MWh. Mas, ao longo do dia, a demanda dobra, e Itaipu está preparada para isso. A usina pode ser acionada a qualquer momento e responde rapidamente ao que se espera dela.

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A usina já chegou a atender 25% da demanda de eletricidade brasileira, ao longo dos anos 1990, e perto de 20%, na década seguinte. Mas a ampliação e diversificação do parque energético brasileiro tornou o Brasil menos dependente da energia de Itaipu, embora não possa abrir mão de sua potência, por causa da robustez da energia gerada.
Os técnicos do setor elétrico sequer imaginavam, em décadas passadas, que a expansão da energia solar no Brasil se expandisse tanto, bem como das eólicas, tanto pela regulamentação quanto pelos custos de montagem dos sistemas e da produção. Esses custos ficaram bem mais baixos nos últimos anos, mas, como explicam os técnicos do setor, não se leva muito em consideração esse aspecto. O custo da energia elétrica entra em segundo plano quando sua falta pode colapsar diversos setores da economia. Como dizem, a “a energia mais cara é aquela que não se tem”.

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