25 de dezembro de 2024

Entenda como peixe ‘comedor de larvas’ ajuda no combate a dengue em Vinhedo; VÍDEO

Espécie é utilizada em locais que estejam abandonados e não possuem produtos químicos. Prefeitura diz que cidade soma 129 casos da doença, sendo 34 deles ‘importados’. Vinhedo usa peixe para acabar com criadouros do mosquito da dengue em piscinas e tanques
Em meio a explosão de casos de dengue em todo o Brasil, Vinhedo (SP) aposta em uma espécie de peixe predadora de larvas do mosquito transmissor para combater a doença. A ação consiste na liberação de exemplares em piscinas e tanques desativados, e ganha relevância no atual cenário da epidemia.
Em vídeo é possível observar quando os peixes da espécie Poecilia Reticulata, conhecidos como “barrigudinhos”, predam as larvas do Aedes aegypti. Eles são resistentes à água com pouco oxigênio – assista acima.
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Segundo o Controle de Zoonoses, a medida é destinado para locais que não possuem produtos químicos e que estejam abandonados. A maioria das aplicações ocorre após denúncia de locais de possíveis criadouros.
“Geralmente há uma denúncia no local, um morador próximo, vizinho, passa a denúncia que naquela casa tem uma piscina que está em situação de abandono”, explica Túlio Delaqua, oficial de zoonoses de Vinhedo.
Após a realização da vistoria, é feito a introdução dos peixes. Caso no local ainda tenha um morador, é explicado o resultado positivo que os animais têm contra as larvas.
“A partir do momento que você implantou os peixinhos, é 100% de eficácia”, afirma Túlio.
Espécie de peixe se alimenta das larvas do Aedes aegypti, transmissor da doença da dengue.
Reprodução/EPTV
A medida já vem sendo utilizada pela cidade há 12 anos, e está implantada em 14 piscinas e uma caixa d’água da cidade.
Em 2024, de acordo com a prefeitura, Vinhedo soma 129 casos da doença, sendo 34 deles ‘importados’. Na região de Campinas, o número de infectados passa de 50 mil, e a metrópole, por exemplo, vive a terceira maior epidemia de dengue de sua história.
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A bióloga Márcia Serrati Moreno explica que o peixe é uma espécie exótica, natural da região Norte do Brasil, então não é encontrado em rios e lagoas da região.
No entanto, explica a profissional, aplicação do “barrigudinho” deve ser restrita a lugares fechados, controlados, pois sua introdução em outros locais pode provocar desequilíbrio no meio ambiente.
Moradores interessados em implantar os peixinhos em suas residências podem entrar em contato com o Centro de Zoonoses de Vinhedo para receber os exemplares sem custo.
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