São 3,5 mil vidas perdidas desde 2015 nas 20 cidades da RMC. Levantamento do g1 a partir de dados do Infosiga-SP mostra que motociclistas são 40,9% do total de vítimas. Uma pessoa morre a cada 22 horas em acidentes de trânsito na região de Campinas
Os acidentes de trânsito interromperam 3.557 vidas desde janeiro de 2015 nas 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Um levantamento do g1 a partir do Sistema de Informações de Acidentes de Trânsito em São Paulo (Infosiga-SP) mostra que, em média, uma pessoa morre em colisões, tombamentos ou atropelamentos a cada 22 horas.
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🏍️ As maiores vítimas do trânsito na RMC são condutores ou ocupantes de motocicletas. Foram 1.458 mortes entre 1º de janeiro de 2015 e 29 de fevereiro de 2024, o que representa 40,9% do total de óbitos.
Considerando os óbitos em que o veículo da vítima era a motocicleta, a média é de uma ocorrência a cada 55 horas.
🚶 Depois dos motociclistas, os pedestres estão entre os que mais morrem em acidentes na região. Foram 932 vidas ceifadas, uma média de uma a cada 86 horas.
🚗 Os acidentes com morte entre ocupantes de automóveis ocorrem, em média, a cada 117 horas na RMC. Já foram 684 óbitos registrados desde 2015.
Mortes por tipo de veículo da vítima na RMC
Motocicleta: 1.458 mortes – média de 1 a cada 55 horas
Pedestre: 932 mortes – média de 1 a cada 86 horas
Automóvel: 684 mortes – média de 1 a cada 117 horas
Bicicleta: 202 mortes – média de 1 a cada 397 horas
Caminhão: 86 mortes – média de 1 a cada 933 horas
Ônibus: 19 mortes – média de 1 a cada 4.226 horas
Outros ou informção não disponível: 176 mortes
Engavetamento entre sete motocicletas deixa três pessoas mortas em Campinas (SP)
Paulo Bernardino/Arquivo pessoal
Números da RMC
Com 1,1 milhão de habitantes, Campinas, a maior cidade da região, é a que acumula mais ocorrências: são 1.384 mortes no trânsito desde 2015, ano do início da série histórica do Infosiga-SP.
Sumaré (298), Indaiatuba (249), Americana (244) e Hortolândia (205), que figuram entre as mais populosas, são as que registraram mais óbitos na sequência.
Por outro lado, Holambra (SP), de 15 mil habitantes, é a cidade da RMC com menos ocorrências de mortes em acidentes, com 15 desde 2015.
O município não registrou nenhum acidente com óbito nos primeiros dois meses de 2024.
Campinas
Dona dos maiores números, Campinas apresentou em fevereiro um plano de segurança viária que pretende reduzir o índice de mortes no trânsito em 10 anos.
Segundo a Emdec, na última década foram 1.522 óbitos em ruas, avenidas e estradas que cortam a metrópole. A meta estabelecida pela prefeitura prevê evitar 903 mortes até 2032.
Enquanto em 2022 a taxa de mortes no trânsito em Campinas ficou em 13,26 a cada 100 mil habitantes, a expectativa com o plano é que o índice seja igual ou menor a 3,38 mortes a cada 100 mil habitantes em 2032, sendo 1,47 em vias urbanas, e 1,91 em rodovias.
Carro capota e uma pessoa morre carbonizada na rodovia Bandeirantes, em Campinas
Jorge Talmon/EPTV
Os dados do Infosiga-SP reúnem acidentes tanto em vias municipais quanto rodovias. Na metrópole, as estradas aparecem como as “campeãs” de acidentes com mortes.
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De acordo com especialistas ouvidos pelo g1, o problema envolve, em sua grande maioria, uma mistura entre o tráfego de longo percurso e motoristas urbanos, que acabam utilizando estradas como avenidas, e a diferença de atenção entre um perfil e outro, e a combinação disso com a maior velocidade das rodovias, ajuda a explicar os números da acidentalidade.
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