Mosteiro de São Bento é do século XVII. Arquitetos responsáveis pelos trabalhos se reuniram no local na terça-feira (5) para definir os próximos passos da obra. Restauro do Mosteiro de São Bento, em Sorocaba (SP), recomeça
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O processo de restauração do prédio do Mosteiro de São Bento, considerado o mais antigo de Sorocaba (SP) – com mais de 300 anos de história -, entrou em uma nova fase. Arquitetos responsáveis pelos trabalhos se reuniram no local, nesta terça-feira (5), para definir os próximos passos da obra.
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Segundo o Núcleo de Conservação e Restauro do Mosteiro de São Bento de São Paulo, responsável pelo trabalho, o novo conceito do projeto é respeitar a história da edificação e adequar o uso do local.
Um das propostas do projeto é promover o acesso público à pesquisa no acervo bibliográfico do mosteiro, que conta com obras originais em alemão, e também com materiais que narram a história de Sorocaba.
Trabalho de restauração no Mosteiro de São Bento, em Sorocaba (SP), recomeça
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O projeto, ainda conforme o Núcleo de Conservação, conta com várias etapas e diferentes frentes de trabalho. “O Mosteiro de São Bento já está viabilizando o diálogo com empresas interessadas em adotar a execução da obra”, garante.
O projeto já está em andamento há quatro meses e a execução depende do término de algumas análises. “Iniciaremos os orçamentos de execução da obra assim que os projetos sejam concluídos, direcionando o recurso para empresas que comprovadamente tenham capacidade técnica para execução.”
Conforme a instituição, ainda é impossível estimar valores que serão empregados no restauro. “As propostas e as diretrizes para o restauro seguem a premissa de que todas as intervenções a serem executadas na edificação adotarão um novo contexto para a execução da obra, pensando além da preservação do monumento, a sua sustentabilidade.”
“No contexto histórico, o Mosteiro quer assegurar e valorizar o sentimento de pertencimento do sorocabano, que ama e preserva a sua história.”
Equipes de trabalho do novo projeto e Dom Inácio, do Mosteiro de São Bento, em Sorocaba (SP)
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“Um excelente diálogo vem sendo construído com o Condephaat [Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo] e a Secretaria de Cultura de Sorocaba, por meio do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico. Os beneditinos têm, por premissa, a preservação da história, da arte e da cultura”, garante.
Dom Inácio Caciagli, da Ordem de São Bento (OSB), superior do Mosteiro de Sorocaba, tem buscado meios para a revitalização do monastério. Caciagli também destaca que a célula mater, ou o embrião da cidade, deve ser preservada e valorizada.
A equipe, que tem trabalhado há alguns anos com o Mosteiro de São Paulo, tem se dedicado aos novos projetos de Sorocaba. As arquitetas Juliana Schenkel, Carolina Contiero Talarico e a designer Mara Martins encabeçam as novas propostas.
“A edificação merece um restauro devido sua importância histórica nacional e ao potencial arquitetônico quando seu pleno funcionamento for viabilizado”, afirma Carolina Talarico. “É uma enorme satisfação contribuir com a memória histórica e arquitetônica da edificação, devolvendo a ela vida, além de valorizar o pertencimento do sorocabano quanto a esse patrimônio”, destacam Juliana e Mara.
Restauro de 20 anos
Trabalho de restauração no Mosteiro de São Bento, em Sorocaba (SP), recomeça
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A instituição explica o que muda nos trabalhos a partir de agora, na comparação com o que tem sido feito no local.
“Partimos da premissa que o projeto preservará a originalidade da edificação, respeitando as necessárias adequações para seu uso contemporâneo. Nos projetos primitivos, não haviam especificações ou estudos para o restauro dos elementos artísticos que contam a história da edificação e são testemunhas das intervenções realizadas no prédio ao longo dos séculos, como por exemplo pinturas, estencil e mobiliário. O resgate e a valorização de elementos primitivos são prioridade no novo projeto.”
O núcleo acrescenta ainda que a nova fase visa estabelecer um diálogo entre o mosteiro e a comunidade sorocabana, “oferecendo o acesso a algumas áreas destinadas a ações culturais que promovam a arte e valorizem a história da cidade, que nasceu à sombra do claustro beneditino.”
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