Número representa 12,3% da população, percentual superior ao registrado em todo o Brasil, que é de 8,1%. Foto de arquivo de área de ocupação irregular em Campinas (SP)
Cesar Cocco
Novos dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (8), apontam que Campinas (SP) possui 118 favelas e comunidades urbanas, e que nelas vivem 140,7 mil pessoas, o que representa 12,3% da população (1.139.047 habitantes).
O percentual é acima do registrado no Brasil, que é de 8,1%.
Ao todo, foram identificados 49,6 mil domicílios nas favelas da metrópole, em que a maior parcela dos habitantes são pretos e pardos: 66,6% – veja mais detalhes abaixo.
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No levantamento ainda constam 13 favelas mapeadas na cidade de Sumaré (SP), onde estão 11.138 moradores, o que representa 3,9% do total de moradores.
O conceito utilizado pelo IBGE para definir favelas e comunidades urbanas é a identificação de áreas com predominância de domicílio com graus diferenciados de insegurança jurídica da posse, e pelo menos mais um dos seguintes critérios:
Ausência ou oferta incompleta e/ou precária de serviços públicos (…) por parte das instituições competentes;
Predomínio de edificações, arruamento e infraestrutura que usualmente são autoproduzidos e/ou se orientam por parâmetros urbaísticos e construtivos distintos dos definidos pelos órgãos públicos;
Localização em áreas com restrição à ocupação definidas pela legislação ambiental ou urbanísticas (…) ou em sítios urbanos caracterizados como áreas de risco ambiental.
Em todo o Brasil, o IBGE mapeou 12.348 favelas e comunidades urbanas em 656 dos 5.570 municípios brasileiros, o que corresponde a 16,3 milhões de residentes.
A maior delas é a Rocinha (RJ), com 72.021 residentes, seguida pela favela Sol Nascente, em Brasília (DF), com 70,9 mil. Paraisópolis, em São Paulo (SP), é a terceira maior, com 58,5 mil moradores.
Nenhuma comunidade de Campinas aparece no ranking das 20 mais adensadas.
Mulheres são maioria
Assim como na população em geral, as mulheres também são maioria entre os moradores de favelas em Campinas. Elas são 70.789 dos residentes, enquanto o número de homens é de 69.995.
Considerando os dados por cor ou raça, a população parda representa mais da metade do contingente (53,32%), enquanto pretos são 13,35%.
Os brancos somam 33,08%, e ainda há moradores indígenas (0,16%) e que se identificam como raça amarela (0,09%).
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Já a idade mediana entre os moradores de favelas em Campinas, que é o ponto que separa a metade mais jovem da mais velha, é 29 anos.
Analisando por faixas etárias, há 45,9 mil moradores entre 0 e 19 anos; 83 mil adultos com idades entre 20 e 59 anos; e 11,8 mil idosos, que incluem cinco moradores centenários.
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