9 de novembro de 2024

Colega matou cuidadora dentro da casa de idosos enquanto casal estava acamado, diz polícia


Marcelo Junior Bastos Santos confessou ter matado Cintia Ribeiro Barbosa estrangulada depois que ela rejeitou um beijo dele. Corpo da mulher foi arremessado para casa vizinha, que estava desocupada. Homem confessa como matou cuidadora de idosos estrangulada após ela negar beijo
O homem que matou a cuidadora dentro da casa de idosos cometeu o crime enquanto o casal estava acamado, disse a Polícia Civil. Marcelo Junior Bastos Santos confessou ter matado Cintia Ribeiro Barbosa estrangulada depois que ela rejeitou um beijo dele.
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Carlos Alfama, delegado do caso, informou que não havia mais ninguém na casa que pudesse ter prestado socorro a Cintia.
“Apenas estavam dentro da casa o casal de idosos acamado, que não se levanta sozinho da cama, a vítima e o Marcelo”, afirmou o delegado.
Nem mesmo na casa vizinha alguém poderia ter socorrido a vítima. O imóvel estava desocupado e disponível para locação, de acordo com a PC.
A Defensoria Pública informou que representou o suspeito em audiência de custódia realizada na quarta-feira (6) e que não irá comentar o caso. Marcelo poderá apresentar advogado particular ou seguir com representante da defensoria durante o encaminhamento do processo criminal.
Uma amiga de Cintia que não quis se identificar disse que ela trabalhava para o casal há cerca de 6 anos.
A polícia informou ainda que Cintia cuidava do casal durante o dia e que, à noite e aos finais de semana, a família contratava cuidadores por meio de empresa de serviços terceirizados.
Como o corpo da cuidadora foi arremessado sobre o muro para a casa vizinha, a polícia chegou a suspeitar que pudesse haver mais alguém na casa.
“Ele confessou o crime em detalhes e confirmou o que as câmeras de segurança mostraram: ele agiu sozinho”, complementou o delegado.
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Marcelo Junior Bastos Santos, suspeito de matar cuidadora de idosos Cintia Ribeiro, em Goiânia
Divulgação/Polícia Civil
Sobre o caso
A delegada da Central de Flagrantes Laura Soares informou que o caso começou a ser investigado pela Central de Flagrantes como um desaparecimento, denunciado pelo marido de Cíntia. O homem afirmou que levou a esposa para o trabalho, mas que ela não havia voltado para casa e nem atendia o celular.
Marcelo e Cíntia trabalhavam juntos, cuidando do mesmo casal de idosos, na Cidade Jardim, em Goiânia. Laura informou que, a princípio, Marcelo tinha dito à família dos idosos que Cíntia não tinha aparecido para trabalhar na segunda-feira (4), dia do crime.
“A gente buscou câmeras do local e imediatamente nós vimos que ela realmente entrou na casa, então, já tinha algo a se suspeitar contra o cuidador”, afirmou a delegada.
A investigadora acrescentou que o suspeito pediu uma pá a um vizinho, o que também levantou suspeitas. Foi, então, que a Delegacia de Homicídios foi acionada.
Marcelo Junior Bastos Santos é suspeito de matar Cintia Ribeiro Barbosa, em Goiânia
Divulgação/Polícia Civil
O delegado Carlos Alfama informou que havia terra remexida no quintal da residência onde a mulher trabalhava e que a cerca elétrica da casa estava repuxada.
“A Delegacia de Homicídios resolveu fazer o adentramento na casa vizinha e, quando entramos lá, infelizmente, nos deparamos com o corpo da vítima”, narrou.
Alfama informou ainda que Marcelo disse que cometeu o crime depois que tentou beijar Cíntia e foi rejeitado.
À polícia, Marcelo confessou estrangulou Cintia com um golpe mata-leão, que é quando se coloca os braços em volta do pescoço da vítima, pelas costas, até provocar a asfixia e perda de consciência.
“Ele estrangulou a vítima com o mata-leão, achou que ela já tinha morrido (foram palavras dele aqui no interrogatório) e saiu para um outro cômodo. De repente, ele percebeu que ela retomou a consciência e tentou fugir”, narrou Carlos Alfama.
O delegado contou que Marcelo foi atrás de Cintia e desferiu um novo mata-leão. Em seguida, com a fita crepe usada para prender as fraldas dos idosos, ele a enforcou novamente.
“Ele estrangulou a vítima com essa fita crepe para garantir que ela viesse a morrer”, afirmou Alfama. No local onde Marcelo estrangulou a cuidadora pela segunda vez, a polícia encontrou muito sangue.
O delegado informou que o corpo de Cintia foi encontrado ainda com as fitas em volta do pescoço e das mãos.
Quem era Cintia Ribeiro?
Cuidadora de idosos Cintia Ribeiro Barbosa, de 38 anos, foi encontrada morta com sinais de estrangulamento, em Goiânia
Reprodução/Redes Sociais
Cintia Ribeiro Barbosa tinha 38 anos e se casou 8 dias ates do crime.. Uma amiga de Cintia, que preferiu não ser identificada, contou que a mulher era muito querida pelo casal de idosos e trabalhava para eles há cerca de 6 anos. Cintia Ribeiro deixa o marido e quatro filhos.
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