Antonio Vinícius Gritzbach havia feito um acordo de delação premiada com o Ministério Público e dizia estar jurado de morte. Homem assassinado no aeroporto de Guarulhos
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Os policiais militares que faziam a segurança particular do homem assassinado na sexta-feira (8) no aeroporto de Guarulhos foram afastados das atividades e vão ser investigados. Antonio Vinícius Gritzbach dizia que estava jurado de morte e havia feito um acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Em um vídeo, que faz parte das negociações para a delação premiada, gravado em janeiro de 2024, Antonio Vinícius Gritzbach afirma que teme pela própria vida. Ele diz aos promotores que sofreu uma tentativa de homicídio semanas antes. E que precisava que o acordo fosse fechado logo para se sentir mais seguro.
“Eu sofro um atentado, fico um pouco de mãos atadas nesse limbo jurídico e minha segurança hoje é muito complicada”, disse Antônio.
A Justiça paulista homologou o acordo em abril. Antonio Vinícius se comprometeu a fornecer informações sobre integrantes do PCC e empresas usadas para lavar dinheiro da facção criminosa.
Também afirmou, como aparece em um documento do Ministério Público, que identificaria possíveis crimes contra a administração pública praticados por policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa – o DHPP, do Departamento Estadual de Investigações Criminais – o DEIC e do 24º Distrito Policial da capital paulista.
Em um outro vídeo, o delator afirma ter documentos para comprovar os crimes. E mais uma vez diz estar com medo.
“Tenho comprovantes de pagamento, tenho contrato, tenho matrícula, tenho as contas de onde vinham o dinheiro, então dá para a gente fazer o caminho inverso. Eu apresento, Doutor, mas assim, cada vez mais, eu preciso de mais segurança. Se não, vocês estão falando com um morto-vivo aqui”, diz.
Em um vídeo, Antonio Vinícius Gritzbach afirma que teme pela própria vida
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Antonio Vinícius Gritzbach foi morto na sexta-feira (8), com tiros de fuzil, quando saía do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Ele voltava de uma viagem a Maceió.
Câmeras de segurança registraram quando dois homens encapuzados desceram de um carro preto e dispararam contra Vinícius. Ele morreu na hora. Outras três pessoas ficaram feridas. Uma delas, está no hospital em estado grave. Os atiradores abandonaram o carro em uma rua perto do aeroporto.
Nos últimos meses, uma equipe de segurança passou a acompanhar Antonio Vinícius. Segundo o Ministério Público, ele não quis a proteção do Estado e contratou policiais militares, que faziam o serviço depois do expediente na PM. Na sexta, ficou combinado que eles iriam buscá-lo no aeroporto. Mas só um conseguiu chegar até o local.
Nos depoimentos prestados à Polícia Civil, os PMs afirmam que pararam em posto de combustíveis para lanchar, enquanto aguardavam a chegada de Antonio Vinícius. Mas, quando foram sair, um dos veículos – uma caminhonete – não pegou.
PMs que faziam segurança particular de homem assassinado no aeroporto de Guarulhos são afastados
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De acordo com os policiais, três deles ficaram no posto e um foi buscar Antonio Vinícius no aeroporto. No depoimento, o policial que foi ao aeroporto disse que, ao se aproximar do portão do terminal, ouviu estampidos semelhantes a arma de fogo e visualizou um tumulto. Que, depois, ligou para a equipe para informar sobre o ocorrido e pediu apoio.
Os policiais militares também prestaram depoimento à Corregedoria e estão afastados das funções durante as investigações.
O DHPP, que apura o caso, apreendeu os dois carros da escolta e os celulares dos PMs. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a conduta deles está sendo investigada.
Antonio Vinícius Gritzbach
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A Polícia Federal em Brasília determinou a abertura de um inquérito na superintendência do órgão em São Paulo para apurar o crime.
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