Em uma padaria de Itapetininga são seis funcionários venezuelanos no quadro de contratados e em uma escola particular dois colaboradores vindos do Haiti fazem parte da equipe.
em Itapetininga, no interior de SP, os estrangeiros têm conquistado cada vez mais espaço no mercado de trabalho.
Reprodução/TV TEM
Muita gente de fora encontrou no Brasil a chance de uma nova vida. E, em Itapetininga, no interior de SP, os estrangeiros têm conquistado cada vez mais espaço no mercado de trabalho.
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José Hildemeir Perdomo Contreras é venezuelano e trabalha como confeiteiro há quatro anos. Desde que chegou, é responsável pela produção dos bolos. Ele veio com a família para o Brasil em busca de melhores condições de vida e de trabalho. Sua habilidade na cozinha é visível, mas a dificuldade inicial foi na comunicação.
“Problema financeiro, do trabalho, situação do país que está muito ruim, então tive que migrar para cá, para conseguir outra fonte de trabalho melhor para mim e para minha família”.
Estrangeiros completam quadro de funcionários em empresa de Itapetininga
Com a recepção dos colegas, a adaptação ficou mais fácil. Foi o padeiro Felipe Nazareth Nunes quem mais ajudou José com as necessidades do dia a dia. A equipe conta com outros cinco venezuelanos.
“Presta bastante atenção no nosso idioma e tem realmente vontade de aprender. Ele pergunta lá na Venezuela, este nombre, qual é aqui? É o interesse deles que faz diminuir a dificuldade”.
O empresário Márcio Duarte de Melo contou que a ideia de contratar estrangeiros surgiu da dificuldade em encontrar mão de obra qualificada nesse ramo. Segundo ele, os estrangeiros são comprometidos, determinados, aprendem rápido e apresentam bom desempenho.
Danise é do Haiti e mora no Brasil há cinco anos, em Itapetininga ela encontrou a estabilidade que procurava.
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Para o procurador do trabalho e coordenador do combate ao trabalho escravo, Marcus Vinícius Gonçalves, a migração é impulsionada pela fome, violência e falta de serviços básicos no país de origem. Independentemente do motivo, é importante que o trabalhador estrangeiro e o empregador estejam atentos para evitar prejuízos.
O diretor de uma escola particular em Itapetininga, Joe Andrews, falou da importância da documentação para a contratação dos estrangeiros que hoje compõe o quadro de funcionários da escola. “‘A gente faz uma análise dessa documentação para que a gente tenha certeza que eles estejam legalizados no país. Toda documentação, foi o caso deles, estava regularizada e não houve nenhum empecilho em mantê-los aqui na nossa equipe”.
Danise é auxiliar de limpeza e Citus cuida da manutenção da escola. Ambos vieram do Haiti estão há pelo menos cinco anos no Brasil e já moraram em outras cidades, mas foi em Itapetininga que se estabeleceram. Para facilitar a comunicação, Danise conta com a ajuda dos colegas e das crianças, e a cada dia aprende uma nova palavra.
“Não entendia nada que brasileiro fala. Eu falava, oh, Jesus, eu vou aprender com as crianças a todo momento, elas fazem entrevista comigo. Agora eu sabe tudo”, contou a haitiana Danise Rosambert
Citus já tem mais facilidade, pois vive no país desde 2013. “Como a gente leva o idioma espanhol junto, o espanhol fica um pouco misturado com o português, daí bem rápido a gente tá no português”, brinca Citus Cius.
A presença dos dois desperta a curiosidade dos alunos. Tanto que já participaram de eventos culturais na escola, como palestras e rodas de conversa, para falar sobre as tradições haitianas.
Tanto que já participaram de eventos culturais na escola, como palestras e rodas de conversa, para falar sobre as tradições haitianas.
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