15 de novembro de 2024

Protagonista de filme sobre doenças raras, Padre Márlon fala sobre gravações e bastidores do longa ‘Milagre vivo’


Filme chega aos cinemas brasileiros nesta segunda-feira (11). Padre é portador de RTD e fundador de um hospital para pessoas com doenças raras em Taubaté, no interior de São Paulo. Padre Marlon Mucio Corrêa Silveira é protagonista de filme que estreia no dia 11 de novembro
Laurene Santos/TV Vanguarda
Sacerdote da Diocese de Taubaté, no interior de São Paulo, e membro da Comunidade Missão Sede Santos, o padre Márlon Múcio terá um pedaço de sua trajetória relatada nas telas do cinema a partir desta segunda-feira (11).
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O filme, chamado de “Milagre Vivo”, é produzido pela Lumine e conta a história de Márlon e sua luta contra a Deficiência do Transportador de Riboflavina (RTD) — doença a qual ele foi diagnosticado aos 45 anos de idade.
O longa conta a jornada do pároco rumo à Europa para buscar a bênção do Papa Francisco para outros enfermos de doenças raras no Brasil, mostrando os bastidores desse desafio.
Protagonista de filme sobre doenças raras, Padre Márlon fala sobre gravações e bastidores do longa ‘Milagre vivo’
Emilia Rodrigues e Darcio Fernandes
Ao g1, Márlon contou que procurou o fundador da Lumine, Matheus Basso, para sugerir a ideia de fazer um filme sobre as doenças raras no país.
“Eu sugeri a ele fazer um filme sobre as doenças raras do Brasil, devido à importância e porque nós somos invisíveis para a sociedade, colocados à margem, é tudo muito difícil, somos 13 milhões de brasileiros com uma doença rara — e o Matheus Basso topou na hora, ele achou a oportunidade incrível de levar a história dos raros brasileiros para a telona de cinema”, explicou.
Apesar de ter sugerido o tema, o religioso revelou que ficou surpreso ao descobrir que o viés do filme seria sua própria história.
“O que eu não imaginava é que o viés da história das pessoas com doenças raras do Brasil, fosse a minha história. Então, depois foram feitas algumas reuniões e aí o Matheus, que é o fundador, e o Gustavo Leite, que é o diretor do o filme, eles disseram: ‘Estamos preparando aqui tudo, só que nós vamos contar a história dos raros a partir da sua luta, a luta do padre Marlon para se manter vivo’”.
Protagonista de filme sobre doenças raras, Padre Márlon fala sobre gravações e bastidores do longa ‘Milagre vivo’
Emilia Rodrigues e Darcio Fernandes
Padre Márlon disse ainda que a exibição do filme é uma forma de o Evangelho e Jesus aparecerem nas telas do cinema do país. Ele contou que acredita que é uma forma de reconhecimento de Deus por sua luta contra a doença.
Nas redes sociais, Márlon Múcio acumula mais de 1 milhão de seguidores e espera que o filme possa tocar o coração das pessoas.
“Depois, tem o seguinte: o filme é para o católico e para todo mundo de todas as crenças, ou de nenhuma crença. É para quem tem doença rara, ou nenhuma doença rara, é para a pessoa humana. Então eu penso que a minha história, a minha luta, o meu engajamento, a minha garra, e com os outros raros, tudo isso vai impactar vidas”.
Além dos fiéis, ele espera que o longa possa alcançar também autoridades que se sensibilizem com a causa.
“Tem um lado também muito importante que um filme desse na telona. Um filme desse pode tocar quem? Gestores públicos, parlamentares, autoridades, profissionais da saúde, da educação, de tal maneira que todos eles podem ser iluminados, conscientizados sobre a questão das doenças raras e sobre a vida, o valor da vida. Toda vida vale a pena”, afirmou.
O filme teve cenas gravadas tanto no Brasil, quanto na Itália. Foram, ao todo, 17 dias gravados em ambos os países. Entre as cenas, bastidores da luta do próprio padre, que toma quase 300 comprimidos por dia.
“É a minha vida nua e crua. Eles gravaram quando eu passo mal, eu acordando, eu tomando os 287 comprimidos diários, as pessoas vão ver os bastidores da vida do padre Márlon”, declarou.
Sobre o nome do filme — ‘Milagre Vivo’ –, o pároco revelou que o termo foi dado a ele pela ciência, através do seu neurologista, que falou que ele era um ‘milagre vivo’.
“Quando ele falou aquilo, eu falei: ‘Meu Deus, eu sou milagre vivo’. Para mim também foi uma surpresa. Eu não pensava nisso. Eu vou fazer as minhas coisas, meus compromissos como padre, e assim vai”, disse.
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Emilia Rodrigues e Darcio Fernandes
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Além da estreia no Brasil nesta segunda-feira, Márlon revelou que o filme está sendo legendado em inglês e espanhol e, além disso, vive a expectativa de que ele possa passar na Organização das Nações Unidas (ONU) e no Vaticano, em Roma.
Independente do local de exibição, o padre Márlon Múcio espera que o filme possa tocar o coração das pessoas e aproveitou para deixar uma mensagem aos telespectadores.
“A mensagem que eu dou é: toda vida vale a pena. De cada 10 pessoas, 10 recebem a capacitação de Deus para superar os seus obstáculos. Seja uma enfermidade, um fracasso financeiro, uma dificuldade em qualquer área da vida, uma perda, um luto, uma doença, seja ela rara ou não. Limão, a vida dá para todo mundo. Fazer limonada é uma escolha. Eu me valho dos limões da minha vida para fazer uma limonada. Construí um hospital, agora chegamos até o cinema, então essa é a mensagem”, finalizou.
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