Paulo Stucchi concorre na categoria Romance de Entretenimento, com a obra “O homem da Patagônia”, publicada em 2023. Vencedores do Prêmio Jabuti serão divulgados no dia 19 de novembro. O jornalista e escritor Paulo Stucchi é finalista do Prêmio Jabuti
Arquivo Pessoal
Um escritor de Itu (SP) está entre os finalistas do Prêmio Jabuti, elaborado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e considerado como o mais importante reconhecimento literário do Brasil. Paulo Stucchi concorre na categoria Romance de Entretenimento, com a obra “O homem da Patagônia”, publicada em 2023.
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Esta é a segunda vez que o jornalista e escritor participa do prêmio. Em 2020, ele chegou até as semifinais, também na categoria Romance de Entretenimento, com a obra “A Filha do Reich”. Stucchi contou ao g1 sobre o sentimento de conseguir estar entre os finalistas desta vez.
“É sempre aquela sensação de felicidade, mas também de se cobrar bastante. Tem hora que você não acredita no que está acontecendo. Parece mentira estar entre os cinco melhores. Junto com o reconhecimento, vem sempre uma cobrança maior. Uma expectativa maior dos leitores e uma cobrança maior da minha parte”, comentou.
Para o autor, a cobrança faz com que ele consiga entregar sempre algo inédito ao leitor, e também ajuda a despertar em si mesmo o desejo de avançar cada vez mais nas obras.
“A gente se cobra para melhorar continuamente, entregar algo novo para os leitores. Eu vivo muito esse processo de cobrança, eu me cobro muito”, explica o autor.
Paulo Stucchi assinando o livro “O Homem da Patagônia”
Divulgação
O livro “O homem da Patagônia” se passa Buenos Aires, nos anos 1950, e conta a história de um psicólogo argentino que, ao atender o pai de uma jovem alemã, tem acesso à memórias da Segunda Guerra Mundial e um segredo obscuro guardado pelo paciente, que remonta aos últimos dias de Hitler no bunker em Berlim.
“Eu sou apaixonado pelo tema e gosto muito da Argentina, também sou apaixonado por aquele país, então acho que juntou um pouco das duas coisas: tudo que já li sobre o tema e tudo que havia lido sobre uma possível fuga de Hitler para a Argentina. Acho que isso serviu de inspiração para escrever ‘O Homem da Patagônia’”, comenta.
Uma paixão de infância
O jornalista e escritor contou ao g1 que sempre teve uma grande intimidade com os livros. “Fui apresentado ao mundo mágico da literatura na infância. Entre as primeiras imagens que tenho na minha memória, estão as de minhas tias, todas professoras, deitadas no sofá. Cada uma delas com um livro”, conta Paulo.
A primeira vez que Paulo teve contato com a escrita literária foi aos nove anos, quando datilografou 360 páginas de um livro que conta a história de um grupo de jovens que investiga o desaparecimento de um amigo. O escritor conta que guarda as páginas até hoje, junto com a máquina de escrever.
“Eu era uma criança muito tímida, e tinha muita dificuldades de relacionamento. Acho que escrever me ajudou bastante. Foi a melhor forma de ter contato com o mundo, era uma forma de me expressar”, comenta.
O escritor e jornalista de Itu, mescla ficção e história em suas obras
Arquivo Pessoal
Novo livro em 2025
A mescla entre história e ficção sempre esteve presente nas obras de Paulo Stucchi. Para o próximo ano, o autor contou ao g1 que vai lançar um livro sobre a Inquisição no Brasil.
“Eu já estou com um livro pronto e na editora. Dessa vez, não é sobre nazismo. Depois de muito tempo, estou escrevendo sobre outro tema, que é a ‘Inquisição no Brasil’. Também é um romance de fundo histórico, que mescla realidade e ficção, e deve sair em 2025”, conta.
“Eu costumo dizer que o livro só existe porque ele tem dois autores: quem escreve e quem lê. Se ninguém pegar o livro para abrir e ler, ele não existe enquanto livro. Então, quero realmente agradecer a todos os leitores. Continuem apoiando, continuem lendo, continuem na expectativa, e espero continuar agradando também nos meus próximos romances e histórias”, concluiu o autor.
O livro “O Homem da Patagônia” levou o escritor Paulo Stucchi para a final do Prêmio Jabuti
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*Colaborou sob supervisão de Júlia Martins
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