Vídeo foi postado em rede social na noite de domingo (10). Adriel Muniz teria matado Denise Rodrigues de Oliveira, e tirado própria vida nesta segunda-feira (11). Suspeito de feminicídio é filmado próximo ao apartamento onde ex-namorada foi assassinada, em Vicente Pires, no DF
Um vídeo de câmera de segurança mostra o suspeito de feminicídio Adriel Muniz, de 29 anos, perto do apartamento onde a namorada, Denise Rodrigues de Oliveira, de 30 anos, foi morta nesta segunda-feira (11), em Vicente Pires, no Distrito Federal(veja vídeo acima). As imagens foram registradas por volta das 6h – o horário que aparece na câmera está errado, segundo a polícia – e o crime aconteceu por volta das 9h30.
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Na noite de domingo (10), o suspeito postou um vídeo em rede social falando que amizade entre ex-namorados não existe (veja mais abaixo). Denise foi morta com golpes de arma branca no apartamento onde morava.
O corpo de Adriel Muniz também foi encontrado sem vida no mesmo local, “com indícios de suicídio”, segundo a Polícia Militar.
‘Amizade com ex não existe’
Suspeito postou um vídeo em rede social falando sobre amizade com ex-namorados.
Na noite de domingo (10) Adriel Muniz postou um vídeo em uma rede social falando sobre amizade entre ex-namorados (veja vídeo acima). O vídeo mostra o suspeito no banco de trás de um carro, conversando com o motorista.
Veja como foi a conversa:
Adriel Muniz: Eu tinha uma ex que falava que era amigo do ex, porque ele era de outra cidade e a menina tinha tipo uma amiga que era de outra cidade e mantinha a amizade. Isso é caô. Amizade com ex não existe não, para mim.
Motorista: De vez em quando mata a saudade. Eu não acredito, tem gente que acha que existe.
Adriel Muniz: Eu, se me relacionar com uma menina que é ex, que é amigo de ex…É melhor largar de mão, né?
Motorista: Melhor largar de mão. O maior porém do mundo sobre a mulher, ele decide se fica ou se ele vai embora.
Logo depois, Adriel Muniz publicou um vídeo nas redes sociais comemorando a vitória do Flamengo na Copa do Brasil, campeonato que aconteceu na noite de domingo (10).
O crime
Vítima Denise Rodrigues de Oliveira, à esquerda, e suspeito do crime Adriel Muniz, à direita.
reprodução
Denise era professora em uma escola particular. De acordo com amigos dela, ouvidos pela TV Globo, os colegas estranharam a falta ao trabalho, nesta segunda-feira (11).
Por não ser comum, eles ligaram para uma amiga da professora. A amiga, então, chamou o Corpo de Bombeiros que foi ao apartamento.
No local, os militares encontraram o corpo de Denise e o corpo de Adriel. Denise foi morta com vários golpes de arma branca e Ariel apresentava “indícios de suicídio”.
Feminicídios no DF
👉 Este é o 19° caso de feminicídio registrado no DF em 2024:
10/01: Tainara Kellen, no Gama;
15/01: Diana Faria, em Ceilândia;
17/01: Antônia Maria da Silva Carvalho, no Recanto das Emas;
25/01: Milena Rodrigues, em Santa Maria; caso, inicialmente, foi registrado como homicídio;
05/02: Erica Maria de Jesus, no Paranoá;
13/05: Simone Santos Ribeiro, no Itapoã;
25/05: Daniella Di Lorena Pelaes, no Jardim Botânico;
31/05: Zely Alves Curvos, de 94 anos, em Águas Claras;
15/06: Jania Delfina de Assis, na Estrutural;
17/07: Fernanda dos Santos Pereira, em São Sebastião;
06/08: Rosemeire Campos, no Gama;
12/08: mulher de identidade ainda não confirmada morre carbonizada na Estrutural; caso, inicialmente, foi registrado como homicídio;
20/08: Juliana Barboza Soares, no Gama;
25/08: Daíra dos Santos Rodrigues, no Itapoã;
28/08: Thaynara Iorrana da Silva Matheus, em Ceilândia;
30/09: Paloma Jenifer Santos Ferreira, em Vicente Pires;
20/10: Fabiane Araújo, em Taguatinga;
27/10: Jucelia dos Santos da Silva, no Sol Nascente;
11/11: Denise Rodrigues de Oliveira, em Vicente Pires.
Onde buscar ajuda
A Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) tem canais de atendimento que funcionam 24h. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:
Telefone 197
Telefone 190
E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br
Delegacia eletrônica
Whatsapp: (61) 98626-1197
O DF tem duas delegacias especializadas no atendimento à mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer delegacia.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida protetiva na Justiça.
Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o socorro da polícia, seja testemunha ou vítima.
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