Plano de trabalho será apresentado nesta terça-feira (12). Senadores querem saber, por exemplo, porque a Loterj deu autorizações a bets que não estavam regularizadas junto à Fazenda. Jogo caça-níquel Fortune Tiger, conhecido como jogo do tigrinho
Matheus Moreira
A “CPI das Bets” será instalada no Senado nesta terça-feira (12) e o roteiro do que será prioridade já está desenhado.
O plano de trabalho que será apresentado prevê que influenciadores sejam ouvidos, além de representantes da Loteria Estadual do Rio de Janeiro (Loterj), como apurou o blog.
A Loterj deu aval para empresas de apostas funcionarem no Rio de Janeiro, mesmo no momento em que ainda não tinham o aval do Ministério da Fazenda — isso chegou a acontecer com a empresa “Esportes da Sorte”. Depois, por decisão judicial ela foi liberada.
A Loterj também já entrou com mandado de segurança contra a Secreta de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda — e vem atuando contra as portarias federais sobre as bets.
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Outro foco imediato da CPI são os influenciadores. E não só os mais conhecido nacionalmente , como Deolane Bezerra, mas também influenciadores locais, que movimentam, no atacado, a atuação ilegal de bets.
Em alguns casos, há suspeita de elos com menores de idade, que também seriam uma força de trabalho ilegal para as bets.
A CPI já mapeou a fórmula dos jogos: deixar o apostador ganhar no início para que ele jogue muito, gaste muito, e depois comece a perder.
Esse fio da fórmula dos jogos será destrinchado pela comissão.
Demora para começar a funcionar
A CPI das Bets deveria ter começado a funcionar no dia 25 de outubro mas, nos bastidores, a falta de acordo imperou.
A justificativa oficial era de que o senador Otto Alencar (PSD-BA) não estaria no Congresso, que por ser o mais idoso do colegiado, presidiria a reunião para instalar a comissão.
Mas, nos bastidores, a influência das bets movimentou partidos, onde parlamentares pressionaram por indicações, trocas e indecisões.
Tudo para atuar da forma que interessa à legenda nesse caso e para garantir força política no colegiado.