18 de novembro de 2024

Policial Penal do AP faturou R$ 1 milhão com atividades ilegais, segundo polícia


Homem faturava R$ 150 mil por mês. Na residência dele foram encontrados diversos objetos de luxo. Policial penal preso faturou R$ 1 milhão com atividades ilegais
Na segunda-feira (11), um Policial Penal foi preso tentando entrar com drogas e celulares no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) destinados aos detentos. Durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (12), os oficiais revelaram que o homem faturou R$ 1 milhão com as atividades ilegais dentro de 8 meses.
✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 Amapá
Foi revelado que o homem ganhava por cada entrada dos materiais R$ 25 mil, totalizando cerca de R$ 150 mil mensalmente.
Dinheiro, drogas e armas foram apreendidas na casa do homem
Polícia Civil/Divulgação
Foram apreendidas na residência dele, motos, capacetes, carro de luxo, armas e munições, avaliados em R$ 350 mil, além de dinheiro em espécie. A princípio não há indícios de outros policiais envolvidos.
Capacetes de luxo, veículos, dinheiro, drogas e armas foram apreendidos
Polícia Penal/Divulgação
O investigado é policial penal desde 2022, segundo informações do delegado Cézar Ávila, responsável pela investigação do caso.
“A suspeita já existia por parte dos próprios policiais penais e tinham me comunicado. Dentro da suspeita iniciamos a investigação e acompanhando os envolvidos. Por ele ser policial, ele tinha o conhecimento melhor da rotina, de como era o sistema. Ele aproveitou de algumas ‘brechas'”, disse.
Entrada de celulares e drogas
O delegado completou ainda que o homem por saber como funcionavam os procedimentos, possuía uma certa vantagem e padrões. Como o funcionamento da máquina que detecta a entrada de metais.
“Ele tinha alguns mecanismos para roubar. Existe uma revista do servidor, todas as pessoas que estão dentro do Iapen são revistadas. Essa revista hoje ocorre de forma eletrônica, eles são submetidos a equipamentos, a máquinas que significa a presença de material metálico ou de outro tipo de material no momento da entrada”, disse.
O investigado descobriu uma forma de fazer com que a máquina não verificasse o que ele possuía. Segundo o delegado, ele colava os celulares um no outro no plano horizontal e no momento da captura de imagem, apenas um era registrado.
“O resto do material estamos analisando, vendo como foi a passagem para verificarmos onde ocorreu a falha de equipamentos, se é uma falha de análise de servidor, isso tudo nós fazemos a análise para corrigirmos o erro que de fato ocorreu”, completou.
Homem portava celulares no colete
Polícia Civil/Divulgação
A bolsa com drogas passou pelo scanner que não detectou os ilícitos, o delegado Cézar explicou que o material passava junto com um colete
“Aparentemente o material passa junto do corpo, como dentro de um colete, como um recheio de um colete balístico, quando ele passava pelo detector de metal, o detector não detectava o material que estava junto ao corpo dele”, falou o delegado.
Polícia encontrou grande quantidade de drogas na mochila do agente
Polícia Civil/Divulgação
Início das investigações
O delegado informou que as suspeitas começaram há cerca de oito meses, após o policial entregar material em uma cela errada. Desde então, a investigação a respeito da conduta dele foi iniciada, resultando na prisão em flagrante nesta segunda-feira (11).
“Isso foi descoberto. Só que no momento não foi possível considerar a conduta a ele, exatamente”, disse o delegado.
Foi reforçado ainda que os oficiais devem se atentar a qualquer outro que apresente atividades suspeitas, que despertem anormalidade.
“O servidor não deve nunca entrar sozinho no pavilhão. Essa é uma regra elementar. Por quê? Porque ele entrou sozinho e não vai ter o outro para verificar se ele está fazendo de forma correta. Se o servidor entrar sozinho no pavilhão, o servidor não pode estar com sacolas, com mochilas dentro da área de trabalho porque não há necessidade, o servidor necessita de equipamentos para trabalhar que não são tão volumosos assim”, completou Ávila.
O delegado reforçou ainda que o modus operandi completo está sendo investigado para que todas as dúvidas sejam cessadas e a detenção dos envolvidos, se houver.
“Essa possibilidade de envolvimento de outros jamais poderá ser descartada. Nós sempre verificamos. E será feita a análise também de quem porventura esteja participando ou tenha participado com ele nessa empreitada criminosa”, finalizou Ávila.
Relembre o caso
Um policial penal foi preso em flagrante, no momento em que tentava entrar com drogas e celulares no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) nesta segunda-feira (11).
O homem que já estava sendo investigado por corrupção, foi surpreendido com uma revista da Unidade de Vigilância Disciplina (UVD) ao passar pelo detector da unidade.
Policial Penal é preso por colegas de trabalho
Polícia Civil/Divulgação
Com ele, foi encontrada uma grande quantidade de entorpecentes e celulares destinados aos detentos em um colete que não disparava ao passar pelo detector de metais, e dentro da mochila que portava, segundo informações da polícia
Após a prisão em flagrante, o homem foi conduzido ao Ciosp do Pacoval pela Polícia Penal e aguarda a audiência de custódia.
Veja Também:
Policial Penal do AP é preso em flagrante transportando drogas e celulares para o presídio
📲 Siga as redes sociais do g1 Amapá e Rede Amazônica: Instagram, Facebook e X (Twitter)
📲 Receba no WhatsApp as notícias do g1 Amapá
Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá
VÍDEOS com as notícias do Amapá:

Mais Notícias