15 de novembro de 2024

Motorista e dono de caminhão que tombou sobre van com time de remo são indiciados por homicídio culposo


De acordo com a polícia, dois fatores provocaram o acidente: a falta de habilidade técnica do motorista e as condições precárias dos freios do caminhão. Polícia Civil do PR indicia motorista e dono do caminhão sobre van com equipe de remo
A Polícia Civil do Paraná concluiu o inquérito sobre o acidente com a van que transportava uma equipe de remo em outubro; nove pessoas morreram.
De acordo com a polícia, dois fatores provocaram o acidente: a falta de habilidade técnica do motorista e as condições precárias dos freios do caminhão, que transportava 27 toneladas de peças automotivas.
Motorista e dono de caminhão que tombou sobre van com time de remo são indiciados por homicídio culposo
Reprodução/TV Globo
A carreta ficou sem freios em um trecho de descida de serra, na BR-376, em Guaratuba, e tombou sobre a van. Morreram o coordenador da equipe, o motorista da van e sete atletas do projeto “Remar para o Futuro”, da cidade gaúcha de Pelotas.
Atletas do projeto “Remar para o Futuro” que morreram em acidente de van
Reprodução/TV Globo
Segundo as investigações, o motorista Nicollas Otilio de Lima Pinto não tinha “o conhecimento necessário para conduzir o caminhão, especialmente no manuseio das marchas, o que caracteriza imperícia”.
“Há depoimento de que o motorista do caminhão estava dirigindo com o pé na embreagem por uma boa parte do tempo, e esse fator terminou queimando a embreagem do veículo. Além disso, o próprio depoimento por parte do motorista indica uma falta de habilidade na condução do veículo. O laudo pericial indica também que há uma possibilidade do condutor do caminhão estar com uma velocidade incompatível com a marcha que ele estava querendo engatar”, diz o delegado Edgar Santana.
Nicollas vai responder por homicídio culposo na direção de veículo automotor e por lesão corporal culposa, em relação ao único sobrevivente da tragédia.
A polícia também indiciou o dono do caminhão, Helóide Gilberto Fagundes Longaray, por homicídio culposo e lesão corporal culposa. De acordo com a investigação, ele negligenciou a manutenção eficiente do sistema de freio essencial para a segura do transporte rodoviário.
O caminhão que causou a tragédia parou duas vezes no dia do acidente com problemas mecânicos e precisou de manutenção. Mas a polícia concluiu que o mecânico que fez os reparos no veículo não contribuiu para o acidente.
O inquérito agora será encaminhado para o Ministério Público do Paraná, que tem 15 dias para analisar os documentos e laudos.
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